quarta-feira, janeiro 05, 2011

LETRA DE PELE,FEMININOS OSSOS QUE FAZEM CANÇÃO -Entre duas: palavra e palavra,Carmen Silvia Presotto

1-Devemos ao Luis Seguilla nosso encontro. Melhor! Devemos à fome de Luis estarmos hoje, conversando (ehehehehh). Para além de, quem sabe, termos que oferecer a ele um jantar sempre que venha, em pagamento pela dívida, gostaria de saber de teu envolvimento com a poesia portuguesa que é riquíssima.
Adriana que bom esta fome de encontros, de conVersar, de compartilhar e devemos sim a Luís Serguilha um jantar de encontros, porque desde aquele dia do encerramento da festipoa, onde ele era um dos convidados,  não desgrudamos mais de estar juntas em palavras e poesia. Ah, e convidemos o Fernando, já que é dele o grande trabalho deste encontro (rs!)

Bem, a Poesia Portuguesa, chegou até a mim através de Pessoa, como deve acontecer com muitos. Na Faculdade de Letras lemos Camões, mas quem mais me fez vibrar e ir atrás dos recantos lusitanos foi Amália Rodrigues, muito antes, quando menina ao escutar os fados, ao escutar sua voz sentia um encantamento intenso.  Vieram também outras canções, Tanto Mar de Chico Buarque nos sinalizando setas daquela mundo e depois veio o mar de Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade e meu amor aumentou... vieram os contemporâneos, veio HerbertoHelder, Serguilha, veio Domingos da Mota, Sylvia Beirute e António Amaral Tavares e sabemos que ainda virão tantos outros. 

2-Raramente saio de casa. Já fui apelidada de tatu bola, por uma amiga. No lançamento do livro “ O melhor da festa”, na festipoa, fui. Adorei!Meu habitat natural!Pois bem...a primeira poesia tua que ouvi foi: o Luis está com fome.Vocês não querem comer alguma coisa?Quero dizer que o que me chamou a atenção foi qualquer coisa do pó e do pão. Algo como o universal em qualquer língua, como o reconhecimento de que podemos sair e buscar o pouco que se faz necessário. Na verdade não há exageros se pensarmos que não nos conhecíamos e que Luís era um convidado na festa, sem muitos conhecidos também.Pois bem...entre os desconhecidos: a fome!(ehehehe). Carmen...do que tens fome?
Tenho fome de gente Adriana, é banal mas tenho. Sou uma sedenta por trocar vivência, por aprender, por escutar histórias e causos. Quando descubro uma nova palavra vibro que nem criança e as palavras chegam com pessoas, com conversas, com leituras, não é mesmo?
Sofro de um canabalismo literário... Às vezes sou uma criança grande, e nesses momentos necessito de outros, porque vivemos um tempo em que nos relacionamos muito, conversamos muito em tempo real, em trocas de e-mails, em troca de poemas, temos milhões de amigos, temos milhões de escritos, mas a cada tanto preciso de um reconhecimento olho a olho, humano por demais, que me leiam de fato, que revise meus poros, que me espante as horas mormacentas. Tenho fome de sentar para conVersar e fazer girar a linguagem que é a nossa maior riqueza, porque fui criada assim numa roda de diálogos, de bate-papo, de giros amigos.

-“Tomazzini, isto há de ser uma aventura”!Lembra? Luis falando por nós à nossa amiga. Há algo a  ser dito, neste sentido, porque fui xingada pelos filhos, quando voltei as três da manhã (eheheheh). Conversamos sobre poesia,casais,separações,encontros.Falavas de teu amor pela escrita, pelos amigos e, de certa forma, pelo momento, instante.O tempo fazendo poeira (eheheh). Há quanto tempo escreves? Como descobriste teu desejo em relação as letras?
Sim, o tempo fazendo poeira e nós perfilando os vôos...Te leio e me dou conta  de como é difícil abandonarmos a culpa milenar de estarmos feito outras, lá, amando o momento, xingadas por poemar, conversar... é difícil, para alguns, compreenderem que somos muitas em um só corpo. Os filhos, a família nos querem sempre inteiras e de preferência em tempo integral, mas isso é bom, porque nos dividimos de fato no papel para escrevermos  e aí escrevemos aos dias:  cartas, diários, bilhetes, mails, mais tardes poemas, depois crônicas,e poemas,  novelas e poemas e se vivermos a tempo escreveremos romances e sempre poemas... um fado isso, não?
Meu desejo em relação as letras começou com 13 anos, num poema em homenagem ao aniversário  de minha cidade Sarandi. Ganhei o concurso e nunca mais parei de escrever, penso que nesse desejo esteja o desejo de ser amada, de existir para sempre e então, penso que estar no jornal da cidade, sendo lida me fez perceber que no escrito está a imortalidade.
Na minha opinião, o maior sonho de todo escritor é morrer no papel pelo simples fato de saber que um dia vai morrer de fato, narcisismo primário... Então, por sentir fortemente o vazio, a dor da partida, vamos simbolizando e treinando o momento derradeiro em vírgulas, em travessões, em dois pontos, em ponto e vírgula, em ponto  e eu, em reticências meus vício retrô... (assim posso morrer três vezes, hehehe)  

4-Quando entrei em vidráguas para dar uma olhadinha... Não saí mais.Há uma denúncia do profano, do escondido.Diz-se isto, geralmente, do feminino mas...O que pensas de Ferreira Goulart?
Hehehe, que bom que percebes isso lá em Vidráguas. Realmente o escondido fascina, penso que  isto esteja na poesia, um lugar onde profanamos a morte, a vida, o desejo, o amor, mas nunca um poema, já que nos deslocamos entre metáforas sempre e sempre que nos chega um poema é uma alegria, lemos com maior carinho cada versos, cada momento.
O feminino de que falas penso ser uma compensação da criação, pois vemos o ato de criar como uma posição feminina da linguagem, não um gênero do corpo. É ruim quando colocam a carne onde não deve, mas sabemos que as palavras não deveriam pesar, apesar de pesar a alguns  e  muito. No entanto, para nós palavras são carne, comestíveis e por isso tenho fome de conVersar.
Gullar é nosso maior poeta vivo, está aí para comprovar a importância do escrever, do poemar, do repensar e de existirmos com ele além do Poema Sujo, uma obra de Arte. Gullar é onde nada é mais.

5-Vidráguas é um convite. Ali  estão reunidos poemas, textos, reflexões de várias pessoas.Como pensaste Vidráguas?
O Vidráguas foi pensando por mim e Ricardo Hegenbart, meu parceiro Vidráguas, justamente como este lugar onde muitos poderiam existir em poemas, em textos, reflexões, fotografias. Por isso, mantemos a casa aberta, falamos sempre, que se for bom para nós será bons aos outros, acho que  este é o nosso princípio. Algo do religare grego penso eu, agora, porque essa é nossa  religião: fazer aos outros o que desejamos para nós e assim tem sido... lemos, escutamos, conversamos, publicamos no site, trocamos ideias, publicamos em livro sempre respeitando quem chega, respeitando o estilo, algo muito difícil hoje em dia, alguns até se espantam com tal democracia, mas driblamos a demagogia  dos que não acreditam e seguimos... Vidráguas é nossa Ítaca, e todos devem ter uma para seguir em frente.  

6-Anáguas ! Quem não lembra desta palavra? Aquela saia colocada por baixo, aquela forma diferenciada de esconder , cuidados com todo o prazer.Mais do que isto anáguas é uma SAIA, um verbo no imperativo que escorrega moldando um vestido,uma pontinha de renda a denunciar o que escapa.Textos eróticos?O que são?
Hey, aí está a sublimação do que falo ser possível em poesia. Já no falo está o “falo” então, vivemos escorregando nossa sexualidade entre palavras, entre meias palavras, algo que  sabemos ser vital em sentimentos, porque a coisa é fálica sempre... por baixo dos panos  há muitas escaramuças em todos os sentidos da linguagem, mas nos textos eróticos podemos ser sempre potentes, as deusas, os heróis, os piores, os melhores, os desejáveis de sempre amor, etéreos, e aí penso entrar o amor platônico, já que sem Eros não há vida, sem Eros tudo será morte, será nada, e como não queremos mortalhas, buscamos  Anáguas, buscamos o sensível para amar além da idade, além do tempo, além do além... e a Arte não teme se desnudar, porque nascemos nuas de palavras, nascemos escondidos de vida e aos poucos vamos formando nossas segundas peles, nossas defesas de viver e nossas anáguas de morrer sempre  com muito amor de construção!!
Criamos a coleção Anáguas para trabalharmos a poesia erótica em Vidráguas. Este ano teremos mais publicações e também estaremos criando uma coletânea de poemas eróticos, já estás convidada a participar. 
7-A sexualidade e a poesia... O que uma coisa tem em comum com a outra?
Tudo, porque a palavra é a carne do poeta. Com palavras nos desnudamos, nos vestimos, amamos, suamos, porque a palavra é nossa holografia, nossa linguagem, nosso sentir e nosso fluir e isso é a Poesia, um tempo de viver de amor mesclado de desejo e, por isso, digo que está em todos os gêneros. A Poesia é a mãe da linguagem, e na linguagem está a nossa sexual idade.  E deve ser leve, deve ser anáguas...

8-Por causa da fome do Luis também acabaste me falando de teu envolvimento com a psicanálise. Como isto também me fala...Pois bem, os dois lugares, de escritor e psicanalista dizem respeito a palavra.Qual a diferença entre estes dois lugares?
Aprendi com um grande Poeta, Oscar Miguel Menassa, que quando a escuta é poética a palavra será  psicanalítica. Também compreendi com ele que quando é possível o poema, será possível a vida... mas, deixei o lugar de psicanalista para me vestir de  poeta, escritora, editora e a usar a psicanálise como ferramenta para meu conviver entre as pessoas e a escritura diária.
Mas, tanto poeta quanto o psicanalista, tem na palavra a materialidade com que se tece os sonhos. Freud nos dois princípios do suceder psíquico nos revela isso, temos duas vidas, uma sonhada e uma desperta, então os dois lugares trabalham por esta construção e digo sempre: sonhar sonhamos todos, a diferença estará no que fizermos com os sonhos... e como diz Gullar, a vida não nos basta, por isso a reinventamos. 
9-Carmen escreve...a mulher Carmen escreve. Marido, filhos...Há uma diferença importante entre o ficcional e o tempo real, de um sujeito.Neste sentido, o titulo desta entrevista: duas Carmens- palavra e palavra.Como percebes isto?
Amei esta letra de pele, com ela tatuas o fazer poético, a importância da escritura na minha vida. Sim, há diferenças entre as Carmens , mas há quem confunda, isso é do nosso ofício, então, penso que quem não pode confundir somos nós mesmos.. a mão que escreve é a mesma que educa, que alimenta, que ama, que odeia, mas a que vive é sempre mão dupla, às vezes tripla até... então, espantemos os “euísmos” e vamos viver em muitos contextos, difícil mas possível. 

10- E a editora? Já pensavas em tê-la? Qual o principal objetivo nisto?
A editora foi nascendo junto com o nosso trabalho, crescendo junto a mim e Ricardo. Ao perceber a dificuldade de poetas jovens, menos conhecidos de existir, vimos que é importante estarmos abertos para que cheguem novos escritos, novos momentos. Pensamos a editora como um trabalho artesanal, isto é, de escutar e respeitar cada um que nos procura, ler os escritos, respeitar a Voz que se apresenta, sugerir, trabalhar junto e incentivar e propiciar a quem desejar a ter o seu livro, falamos em livro do autor, porque pensamos que quem chega a nós tem sua trajetória para narrar, contar, concretizar, para isso nos ausentamos e buscamos construir com quem chega. Escutar, projetar, viabilizar  um sonho possível... e principalmente, incentivar e fomentar a Poesia no mercado, é difícil, mas se está sendo bom para nós, será bom para outros. Já falei em outra entrevista, mas repito aqui, o editor de hoje me parece ter o mesmo papel do antigo livreiro, alguém que lerá os manuscritos e estará próximo do sujeito da publicação, entrecruzando escritos, viabilizando caminhos.
E nunca se escreveu e se publicou tanto poesia quanto hoje, então algo está mudando... antes, não sabíamos que a maioria banca seus livros, agora isso é conversa comum, penso que a diferença estará no que se fizer com o que  e com quem publicarmos, por isso pensamos cada livro como um projeto de vida. 

11- Agora... Postigos!Tem um poema aqui que me pega de jeito. Perdoa, mas vou transcrever: “Existe um sono a que chamo silêncio/velho mapa de onde voam meus pés/vento/em que me espelho momentos/existe um tempo em que desperto memórias/terras/em que calço meus rastros/fendas/onde soluço meus ossos.” É Pisares, em Postigos.Pois é minha amiga...pode falar um pouco deste silêncio até os ossos?
Incrível, mas amo este poema e este primeiro verso estava muito tempo em mim, onde ia seguia com ele anotado nos cadernos... aí, teve um dia que comecei uma oficina de quatro encontros com Gullar no Polo do pensamento no Rio e escuto algo dele, sobre o livro que havia encaminhado a sua editora, Em Alguma Parte Alguma,  e que havia um poema que se chamava “Reflexão sobre o osso da minha perna” e ao falar ele nos recita uma parte do poema, ou todo, não recordo... só sei que ao escutar “...de mim/já que a pele/e a carne/ irrigam-nas o sonho e a loucura...” despertei ao meus versos e solucei até os osso...
É como ele diz no poema e tento dizer  em meus soluços enrodilhada em seus versos: “o osso é  parte mais dura e a que menos sou eu...” o osso é desprovido de carne, de palavras, de vida e dura. 
Então, que as musas existem, existem...  mas, que nos peguem trabalhando, como aconteceu com  meu “muso” Gullar.

12-Quando me explicavas o que era Postigos, pensei no abrir e fechar dos olhos que registra sempre o diferente. São as denúncias de que somos sempre outros, de instante a instante. Também pensei no inconsciente e suas escapadelas, como piscadas de olho na janela ( eheheheh). Enfim!pensei em muita coisa.Porém, mais do que  se imagina há um apelo para a conversa.Tua escrita chama outra, teu poema pede que se responda com poesia.” Versos que conversam”, não é ?Podes falar um pouco disto?
Sim. Acredito nisso. Acredito que os versos conVersam. Não há dom sem trabalho, isso precisamos entender, divulgar e passar a diante. Poeta que lê poeta tem mil versos na mão...  muitos ainda falam em dom,como falam em vocação para professor, para médico e com isso dizem também: se é dom vem de graça, não custa nada, então nada a trocar, porque se não há valor de troca, não há mercado ... mas sabemos e vivenciamos já, que os tempos estão mudando, os blogues aumentando, a poesia se volatizando e sabemos que ler vicia, escrever vicia, contar vicia, conversar vicia, Arte e Poesia vicia, são hábitos que temos que ter a diário, por isso nunca se escreveu e leu tanto poesia, é verdade, mas talvez porque agora estamos nos publicando, estamos na rede, estamos na leitura de todos e não mais ouvindo: não, poesia não vende, não muda isso, não isso, não aquilo... bem, sabemos ainda não vende, mas cada vez mais lida será que não venderá? Algo está mudando e rápido Adriana e para melhor!!!

 13-No lançamento do livro Postigos... também fui! Acho que estou ficando saidinha (ehehehehe). O acolhimento dados aos convidados, o piano e os amigos fizeram com que o lançamento de Postigos parecesse um pouco como... uma celebração de nascimento.Mas não somente do livro!Não! Fomos chamados, convocados a ler e reinventarmo-nos a cada poema.Sei que lançaste primeiro no Rio de janeiro e depois aqui no StudioClio.Como foi esta experiência?
Postigos é um livro e  são portinholas, são janelas, são reflexos de leituras e de conVivência,  nele está a Lua, a mulher, as dobras do tempo e encaiXes, está o selo Vidráguas. Nele estão os olhares atentos e amigos de intenso tempo que acreditam no amor de construção, nos tijolos invisíveis de nosso cotidiano.  Por isso, Postigos é uma festa sim. Postigos para mim, para Ricardo,  para Vidráguas é uma célebre ação, tem que ser comemorado. No Rio, com Marcio, Saulo, Oliani. Aqui, com Ricardo e Tiago, Américo, Adriana, Berenice, Tânia e Pedro Du Bois, Denise, Ronald, tinha que ser festejado entre os acordes de Chopin, no StudioClio com amigos e familiares, poetas e escritores. No livro, ainda estão Aline, António, Ivan, Gerci, Walmor e Nestor...    Sim, um livro que reúne versos, imagens, áudio, música e amigos é uma grande comemoração Vidráguas, porque entre nós os versos conVersam, amam, e ganham vida e postigam (rs)!

14-Qual a diferença entre pele e palavra, Carmen?
E, há?!!
A pele é a palavra da alma, ela responde, ela conversa e atua... Eu, sou exemplo disso, vive na pele o que deveria ter vivido no papel. Imagina que tive por muito tempo uma dermatite de contato  grave, quase crônica. Mil e um medicamento, sempre com o anti-alérgico na mão, até conhecer um dermatologista que me disse: isso é psicosomático, Carmen... eu sabia, mas como curar, como tornar consciente o problema?... foi aí que ele me disse: olha cada vez que der desespero e começar a te coçar, em vez de rasgar a pele, seja a hora que for, tenha sempre um caderno e uma caneta perto, escreva cada reação, cada momento vivido dessa coceira e todas as sextas-feiras venha aqui para me ler o que escreveres... gente escutar isso, foi um bálsamo, não precisa mais me rasgar e assim tive meu primeiro leitor depois do poema que fiz aos 13 anos, e ter um leitor cura, porque escrever para ser escutada me curou. Não cito o nome aqui, mas quem quiser pode dar meu telefone que passo, ok?
Por isso, escuto a todos. Observo que cada poema traz algo da pele da mão que escreve e respeito muito isto, pois foi assim que curei uma dermatite de contato ao ser lida. Então Adriana, essa é a diferença da palavra, para mim ela estava na pele, colada nela estava meu desejo, apenas faltava quem o interpretasse.    
15-Gostarias de registrar mais alguma coisa?
Um beijo grande Adriana e obrigada por este convite, li a entrevista de Jorge, um primor e me honra estar agora em conversas ao seu lado. Parabéns pelo blog Indecentes Palavras, por teus escritos e que bom que nos encontramos e saibas que lá em Vidrágua e em meu coração já estás tatuada.  Seguimos!! 
O que dizer, Carmen?Talvez não precise mas deixo escrito sobre a satisfação do nosso encontro, da dívida que tenho com a fome de Luis, da referência que tens sido na minha estrada; por não me sentir tão sozinha ao tê-la, para sempre, convidada.
Beijo com todas as letras
Com todas as letras, e tônicas acentuadas sempre, beiiiiiijos! Gracias.



6 comentários:

  1. Excelente entrevista, Carmen. Como diz Charles Simic, a poesia pode ser uma conversa.
    Abraços a ti e à Adriana, que tão bem te conduziu. Parabéns pelo blog, mais uma vez. São inimagináveis os limites do alvo da palavra literária.
    Abraços às duas

    António

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  2. Adriana

    Não sei se você lembra de mim. Nos encontramos de maneira incidental. Até hoje não sei como tive acesso ao teu e-mail. rs

    Que bom que agora você tem um blogue.

    Li a entrevista em Vidráguas e deixei um comentário lá.

    Mais tarde, vou reler e destacar outros pontos que me chamaram atenção.

    Um abraço,

    Marcio.

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  3. Hey, que alegria entrar aqui, reler a entrevista e encontrar com António e Marcio, um encontro que sustenta o nosso conviver poético.

    Um beijo grande Adriana e mais uma vez obrigada por estar no Indecentes Palavras poetando contigo.

    Carmen.

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  4. Querida Carmen!
    Recebi vários emails e outros comentários fora do blog. Isso sempre é bom.Porém, o melhor mesmo é estar contigo conVersando.Vou te contar um segredinho...penso ser raro o encontro de duas mulheres que falam de poesia ou de seus escritos.Geralmente vemos as confrarias de homens que se sustentam numa tradição de anos.Às mulheres restava as reuniões nas salas de costuras e é de lá que saíam as roupas e palavras, transmitidas aos filhos.Gosto de pensar que nós estamos numa sala de costuras ( embora eu não saiba costurar) para lembrar das que vieram antes de nós e, aos poucos, foram compondo uma revolução lenta na " forma de vestir a roupa pele palavra". Acho que temos muitas coisas em comum:fome de gente, fome de encontro de palavras, urgência em criar humanidades.
    Fico feliz com o que segue...Quer uma xícara de chá? Vamos cortar este tecido ou o outro?(eheheheh) Como se escrever fosse algo doce, como se não fosse uma luta, respirar.
    beijo grande
    adriana bandeira

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  5. Adriana:

    deixei em Vidráguas um comentário sobre a entrevista.

    Um forte abraço. Um beijo.

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  6. Um beijo grande Adriana, que bom que nossa costura seguiu tecendo fios... e conVersemos mais sim, como se estivessemos fiando a Vida com linha e carretel façamos da web nossa sala!!

    Carinho, gracias, seguimos!

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