tag:blogger.com,1999:blog-35993168296146129052024-03-12T18:35:12.929-07:00Indecentes PalavrasAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-18777150301603922172013-09-18T13:12:00.004-07:002013-09-18T13:12:47.847-07:00<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">O amor fora das telas<br /> <br />
No filme adotei teu traçado,moço, bandido,afilhado, o padre e a puta
vestida de fome e de dor.Mas o vento falou tanto,tanto...Ouça, meu amor,
hoje abre a porta com cuidado e deita em concha, mar, azul sagrado, no
fundo do meu lado sul.Lá te recebe como porto, cais, estrelas,guias
loucos o que nos couber...para desenharmos enquanto a chuva não vem.</span></span></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-66525932390271956502012-12-28T05:16:00.000-08:002012-12-28T05:16:18.168-08:00<span class="userContent">E se me pedes ternura, te dou meu segredo: teu desejo,teu desejo,teu desejo desenhando meus dedos .Teus lábios, sem medo.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-69145215904697302412012-05-10T05:58:00.004-07:002012-05-10T05:58:35.040-07:00<span style="font-size: large;">Sobre o consumo de gente</span><br />
<br />
E não é somente o vício.Quem consome está aliciando crianças num
trabalho de morte.É cada vez maior o número de crianças pequenas( de 6,7
8,anos)que além de começaram a usar crak ou cocaína, sevem de
aviãozinho para os que vendem e compram.<span class="text_exposed_show">Esta
é a pior ditadura dos últimos tempos!Se em algum momento usar drogas
estava relacionada ao filme charmoso, ao rock rebelde, saibam...hoje
usar droga é obedecer a um sistema que determina a morte do sujeito
antes da morte de seu corpo.Talentos como o desta moça, consumida pela
obediência é uma referência ao que tem acontecido.Para além de uma
campanha "Não às drogas" deve-se ter por lema:"Não ao consumo de gente".</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-60519936823989682152012-05-07T04:48:00.002-07:002012-05-07T05:45:17.193-07:00<span style="font-size: large;">RESPOSTA À REDAÇÃO DO JORNAL IBIÁ SOBRE BIGAMIA,EXCLUSIVIDADE NO RELACIONAMENTO E FORMAS NOVAS DE RELAÇÃO.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span><br />
<span style="font-size: large;">O " relacionamento liberal' como chamamos é coisa de uma época, a
nossa.Nela incluimos mudanças de comportamento, de valores , de relação
com o mal estar que nos traz a civilizaçaõ.É isso mesmo! Civilização
traz um mal estar benfazejo naquilo que dá forma às relações socias
tornando-as...pos</span><span class="text_exposed_show" style="font-size: large;">síveis.Não há a tal
felicidade vislumbrada pelas ações que levantaram a bandeira da
liberdade.Primeiro a pílula e em seguida...a liberação sexual.É certo
que a sexualidade não é passível de ser reprimida, no sentido que se
pode honrar a teoria psicanalítica das pulsões.O que ocorre é
que...somso seres da cultura! Não somos...como diria... "naturais".A
natureza humana é, por referência...cultural.Nisso as coisas mudam: numa
época as coisas eram certas desta forma e em outras...de outra
forma.Porém o que não é mutável diz respeito a dependência de afeto e
acolhimento.De certa forma é a demanda de um reconhecimento de que somos
da mesma...espécie.O olhar, o toque, a palavtra, o gesto, são facetas
humanas muito mais pela forma como são recebidas pelo outro: como se
fosse para si mesmo.Neste aspecto somos seres apaixonados!Uns pelos
outros e, nesta marcação podemos dizer que é nosso melhor defeito.Porém é
fato também que exisstem escolhas e elas nunca são pelo " tudo".Podemos
estranhar se incidir desta forma.Existe o que repetimos porque temos
preferências, porque também é de gosto e valor uma espécie de conforto
que o outro oferece na verdade que aponta: não queremos tudo.É neste
aspecto que não é certa a premissa de que seria da natureza humana os
trios, os quartetos e tantas outras formas de exercício da
sexualidade.Podemos dizer, sim, que são marcas de uma certa fase da vida
ou, mesmo de um tempo da história da civilização.Para além da moral
existe uma ética determinada pelo desejo e ele, o desejo é de
reconhecimento do que nos faz impossibilitados de fazer e querer
tudo.Nesta imposição da verdade que determina nosso corpo, nossa fala,
nossas ações,o melhor de tudo é dar o valor àquilo que construímos nas
relações afetivas, no trabalho, no mundo.Não é raro que, na fuga de uma
certa moral vigente se caia numa outra, com as mesmas questões mas num
ação contrária.Por exemplo: a monogamia não é satisfatória ... então :
poligamia! rsrsr Isso é clássico e apenas uma outra determinação da
mesma coisa.<br /> Estes dias surpreendeu-me um slogan no facebook: "
Não sou cadela para ser fiel".Chamou-me a atenção pela simplicidade
ingênua que, pela impostura, chegava a parecer verdade.Respondi que: "
quando uma escolha faz valer uma repetição estamos diante de
significantes de gente".<br /> Então ficam as fantasias sexuais como
as que poderiam valer a respeito de não escolhermos, de continuarmso
pensando que o tudo é possível.Vale lembrar que é a escolha, a falta do
tudo que permite ...fantasiar.Hoje atuamos como se as coisas e pessoas
pudessem exigir ...a satisfação de suas fantasias.Oras!Elas deixam de
ser fantasias e..<br /> Não estamos por aqui para sermos
felizes.Apenas para aprendermos um pouquinho a respeito de momentos
importantes que nos damos ao deixar no mundo mais do que lixo.<br /> Bem...continuamos...</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-51701886355855851932011-07-25T15:55:00.000-07:002011-07-25T15:55:18.127-07:00poeminha a dez mãosBicicleta é susto que anda, chocolate é doce de festa, bombons...minha promessa.Assinado: Anita e AdrianaAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-17678922808855371012011-07-24T05:45:00.000-07:002011-07-24T05:45:58.462-07:00Palavra magiaNão pergunte<br />
se já vais.<br />
Nem assenta<br />
a história tua<br />
palavra magia.<br />
Que estranho lugar é este<br />
...das despedidas.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-42935753078503920802011-06-23T07:14:00.000-07:002011-06-23T07:14:16.392-07:00Tempo de árvoreOuça-me bem, que nos abre a revolta em tantas partes, que por hora no tempo se fecham também, o que do sonho antes nos inventou.Repara que ao assassinar, " drogar", atam-se nós de obediência que nunca morrem se não os findamos...que em parte só revolucionamos quando nos pomos a amar os outros, nas suas vozes de antes e depois.Ah!Então nada há de ser obediência quando a ordem da ciência é pura morte da invenção!Plantar nem é tecnológico pois que faz do tempo uma estação.Somos a lei que deseja um rastro, fio espaço de colheita em rio de cheia,somos as macieiras que nesta época anunciam um saber.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-10888273782458445892011-05-21T13:40:00.000-07:002011-05-21T13:40:50.427-07:00Para Wagner dos Ais-blog Poemas da Minha AlmaE finda tanto como estouro no cais, a boiada do campo, a voz do mar.É o estampido da mutilação que mais em sombra é só verdade.Distância, perenidade... da palavra que rasgou a razão.<br />
beijo grande.<br />
adriana bandeiraAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-82926791125159899162011-05-17T08:31:00.003-07:002011-05-18T03:28:57.921-07:00Para conferir...Palestra de Elvio Vargas em Alegrete: falando sobre Mário Quintana.O poeta e escritor Elvio Vargas estará falando sobre Mário Quintana, numa palestra que se realiza hoje, no campus Universitário de Alegrete, na Universidade da Campanha.<br />
" A memória Existencial e Poética de Quintana" acontece às 19:30 no Salão de Atos General Alcy Cheuiche,no Campus, em Alegrete.<br />
Esperamos Élvio, em indecentes palavras, para quem sabe nos brindar com algum bom momento deste encontro.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-81588291332808523212011-05-14T09:36:00.000-07:002011-05-14T09:36:18.818-07:00Poesia sem Pele-Lau SiqueiraPoesia Sem Pele será lançado dia 18 de maio, em João Pessoa<br />
<br />
A editora gaúcha Casa Verde estará apresentando ao público pessoense, no próximo dia 18 de maio, às 20h, no pátio do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, o quinto livro de poemas do poeta gaúcho radicado na Paraíba, Lau Siqueira. Poesia Sem Pele faz parte da coleção Cidade Poema (<a href="http://www.cidadepoema.com/">http://www.cidadepoema.com/</a>), projeto coordenado pela escritora Laís Chaffe e que vem espalhando poemas pela cidade de Porto Alegre em out-doors, bus-doors, bolachas de chopp, adesivos, imã de geladeira e outros suportes.<br />
O evento faz parte de uma ampla programação da Semana de Luta Antimanicomial que além dos debates, palestras e manifestações públicas, contará com oficinas e shows, envolvendo nomes importantes do cenário artístico local e nacional. Entre eles, Babilak Bah e Tom Zé.<br />
Para Lau Siqueira o lançamento realizado dentro do Complexo Juliano Moreira ocorrerá dentro de um contexto muito especial. “Logicamente que não podemos atribuir à poesia um poder de transformação de realidades tão complexas como a dos sistemas pisiquiátricos. No entanto enquanto escritor e militante entendo que precisamos agregar forças, com nossa arte, com nossas energias, para caminharmos para uma sociedade onde o fator humano seja preponderante. Como disse Antônio Cândido, ‘a literatura deveria ser considerada um dos direitos humanos’ ”, afirma o autor de Poesia Sem Pele. <br />
Para a prefaciadora da obra, Susannah Busato, professora de Poesia Brasileira na Universidade Estadual Paulista – UNESP, campus de São José do Rio Preto, “As imagens da natureza na poesia de Lau Siqueira assumem uma dimensão cósmica, como um signo que condensa no átomo do poema um elétron pulsante, construíndo pela pulsão entre olhar e objeto uma relação magnética e anterior ao tempo. Quero com isso afirmar que sua poesia penetra os objetos extraiondo deles a dimensão de um mundo ainda não visto.”<br />
Além do lançamento, na noite do dia 18, no pátio da Juliano Moreira estará acontecendo um sarau poético e uma apresentação do Círculo dos Tambores, criado e coordenado pelo professor do departamento de música da UFPB, o percussionista, Chiquinho Mino. A apresentação da obra será feita pelo poeta paraibano Jairo Cezar, ex-diretor do Memorial Augusto dos Anjos e autor de Escritos no Ônibus. Antes de João Pessoa, o livro foi lançado no dia 5 de maio, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, na programação no FestiPoa Literária e no dia 10 de maio, no Brooklyn Café, em Curitiba, numa promoção do jornal Memai, de cultura japonesa.<br />
.....................<br />
O quê? Lançamento do livro Poesia Sem Pele (72páginas), de Lau Siqueira<br />
Quando? No próximo dia 18 de maio, às 20 horas<br />
Onde? No Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa<br />
Preço de capa: R$ 10,00Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-26487244343338486162011-05-08T16:18:00.000-07:002011-05-08T17:07:58.358-07:00EnRedados em Indecentes Palavras: homenagem à Cora Coralina em Vidráguas<img alt="https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=824c6d5fa2&view=att&th=12fd1c8bbb272727&attid=0.1&disp=inline&realattid=f_gngkh3nr0&zw" height="505" src="https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=824c6d5fa2&view=att&th=12fd1c8bbb272727&attid=0.1&disp=inline&realattid=f_gngkh3nr0&zw" style="cursor: -moz-zoom-in;" width="278" /><br />
www.vidráguas.com.brAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-88215543638909145572011-05-02T20:39:00.000-07:002011-05-02T20:43:44.248-07:00Presente de Leonrado B...como indecentes palavras que se dá e recebe antes de sonhar<span style="font-size: large;">A Nuvem Improvisada ou Duma Resposta ao Salmo de Huchel</span><br />
<br />
Para a Adriana Bandeira, com admiração e estima<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
«Nenhum mundo é meu.<br />
Todos estão em mim desde que existo.<br />
<br />
E a minha voz nasceu para falar do último,<br />
Porque ele nunca existirá,<br />
E é incrível que não haja fim.»<br />
<br />
Ocaso IV, de Jorge de Sena<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Saberemos, por certo</span><br />
<span style="font-size: large;">como ler os silenciosos traços</span><br />
<span style="font-size: large;">os nós dos brancos espinhos, nas tão claras</span><br />
<span style="font-size: large;">e improvisadas cinzas em azul quase céu,</span><br />
<span style="font-size: large;">como sombras espalhadas pelo corpo adentro</span><br />
<span style="font-size: large;">as primeiras palavras aclaradas pela manhã.</span><br />
<span style="font-size: large;">E dos moldes que se trazem da coronária matriz</span><br />
<span style="font-size: large;">do salmo, da melodia</span><br />
<span style="font-size: large;">saberemos, pelo breve toque na vaga pele do dia</span><br />
<span style="font-size: large;">no pouco antes, o que na hora se guarda estreito</span><br />
<span style="font-size: large;">a hora</span><br />
<span style="font-size: large;">que pelo toque das matinas, tomará do primeiro sopro</span><br />
<span style="font-size: large;">do pouco vento, o peito do pássaro acontecido</span><br />
<span style="font-size: large;">em chamas</span><br />
<span style="font-size: large;">e no renovado horizonte,</span><br />
<span style="font-size: large;">o abrigo duma manhã mais no mundo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: large;">Dir-nos-ão insignificante,</span><br />
<span style="font-size: large;">a sombra espalhada pelo corpo adentro</span><br />
<span style="font-size: large;">e em segredo, por nos sabermos nesta manhã</span><br />
<span style="font-size: large;">os primeiros habitantes imaginários,</span><br />
<span style="font-size: large;">quase anjos rupestres, e contudo</span><br />
<span style="font-size: large;">o fruto do ventre</span><br />
<span style="font-size: large;">acontecido por cântico da terra</span><br />
<span style="font-size: large;">por pássaro que nos acorda,</span><br />
<span style="font-size: large;">acontecido sino do tempo,</span><br />
<span style="font-size: large;">o sopro que nos reclama</span><br />
<span style="font-size: large;">em improviso e imperfeita cópia do primeiro instante.</span><br />
<span style="font-size: large;">E no peito, a percepção da estrela que trazemos</span><br />
<span style="font-size: large;">por provisório coração, a estrela armilar</span><br />
<span style="font-size: large;">onde por uma manhã construímos uma casa,</span><br />
<span style="font-size: large;">será átomo, um pouco de ar</span><br />
<span style="font-size: large;">o manuscrito improvisado, da onda</span><br />
<span style="font-size: large;">uma asa quase, dentro da palma da mão.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: large;">Então,</span><br />
<span style="font-size: large;">haveremos por refeito, o livro, o dia</span><br />
<span style="font-size: large;">a porta aberta</span><br />
<span style="font-size: large;">e por luz, o poema</span><br />
<span style="font-size: large;">desalinhado, adentro revolvido, improvisado</span><br />
<span style="font-size: large;">salmo e sombra, o espinho agreste</span><br />
<span style="font-size: large;">que saberemos trazer do traço,</span><br />
<span style="font-size: large;">e por perto, por nuvem</span><br />
<span style="font-size: large;">o acontecer novo do mendigo fiapo do céu,</span><br />
<span style="font-size: large;">o acontecer adivinhado, e contudo</span><br />
<span style="font-size: large;">não mais que uma manhã renovada no mundo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br />
</span><br />
Maio 2011, 2<br />
<br />
Leonardo B.<br />
http:/abarcadosamantes.blogspot.com/Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-57834932308931891212011-05-02T07:01:00.000-07:002011-05-02T08:04:38.333-07:00PRÊMIO CRIATIVIDADE<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Cristina Macedo ( cris-cristinamacedo.blogspot.com),convidada do Indecentes Palavras,minha querida amiga, contista, poeta,tradutora e gente mui buena ,recebeu o Prêmio Criatividade, indicando alguns outros como " revelações blogueiras"(ehehehheh).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Sinto-me muitíssimo honrada pela indicação ao PRÊMIO CRIATIVIDADE, seguindo as regras desta bela rede de palavras:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">As regras para receber o prêmio estão dispostas logo abaixo:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"></span></div><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">1. Agradecer e linkar de volta o blogueiro que lhe enviou o prêmio.</span></div><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">2. Dividir 7 coisas sobre você.</span></div><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">3. Premiar outros 5 a 15 blogueiros.</span></div><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">4. Entrar em contato com esses blogueiros para avisar sobre os prêmios e para que eles levem o selo da versatilidade para seu blog e distribuam a outros colegas blogueiros.</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Assim sigo,destacando sete coisas que me ligam ao poetar:</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">1-Escuto a poesia do outro;</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">2-Preciso escrever poesia;</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">3-Prometi que ,sempre, teria algo a dizer;</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">4-Participo e ou organizo saraus;</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">5-Gosto de oficinas de poesia;</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">6-Invento estórias;</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">7-Gosto de gente e de suas verdades;</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Isso foi difícil!Afinal parece que a vida nos faz ligados nas letras e escolher algumas coisas...Pois bem, agora os blogueiros que indico à premiação, não na ordem de importância mas numa ordem aleatória, de lembrança:</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">1-Leonardo B., poeta português ( http://abarcadosamanates.blogspot.com/);</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">2-Pedro Stiehl ,grande poeta da terrinha ( www.pedrostiehl.com.br);</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">3-Ronald Augusto( www.poesia-pau.blogspot.com);</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">4-Lau Siqueira, poeta gaúcho que mora na Paraíba e está lançando o livro Poesia sem pele, aqui em Porto dia 05-05 (www.lau-siqueira.blogspot.com);</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">5-Carmen Presotto,que lançou recentemente o livro "Postigos" (www.vidráguas.com br);</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">6-Elvio Vargas, poeta que em breve estará em Alegrete, falando sobre Mário Quintana ( assisbrasil.org/joão/discurso.htm)</span></div><div style="text-align: center;"><div style="text-align: center;"><h3 class="post-title entry-title"><a href="http://cris-cristinamacedo.blogspot.com/2011/05/premio-criatividade_01.html">Prêmio Criatividade</a> </h3><div class="post-header"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/--MGGJ9yfZKM/Tb4DuFen6-I/AAAAAAAAARQ/5JNnlIIh7g0/s1600/selopremio.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/--MGGJ9yfZKM/Tb4DuFen6-I/AAAAAAAAARQ/5JNnlIIh7g0/s1600/selopremio.png" /></a></div></div> <span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Aceitem com carinho este prêmio, indicando mais alguns, nesta feliz idéia de trocar palavras.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;">beijo com todas as letras</div><div style="text-align: center;">adriana bandeira</div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-71449213291581639262011-05-01T06:33:00.000-07:002011-05-01T06:33:01.010-07:00Para Un vestido y un amorRespiro nas curvas que se alinham ao recorte da pele.Um vestido sem botões, sem detalhes.Apenas única camada que costuro com piedade.Sim!Tenho pena do corpo ao vesti-lo...são únicos os vestidos e quando se habituam só querem o mesmo amor.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-19719723483988766352011-04-02T10:06:00.000-07:002011-04-02T10:09:33.174-07:00Márcio Almeida Nicolau na discussão sobre leitura e escrita : Lau,adriana,Márcio...<div class="MsoNormal">Autor e leitor são papéis que se confundem. Leio em parte o que está no papel e uma outra parte sou eu mesmo. Quando escrevo, me reparto e é como um parto mesmo. Mas o texto parido é um sujeito, um ser que por mais que eu denomine e adjetive, assume novos predicados, conjugando outras ações. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">A arte literária não imita vida literalmente. </div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">“Em essência a atividade criadora repete, inconscientemente, a incessante recriação do milagre da vida no organismo; (...) Ela não repete ou copia a natureza; mas obedece às mesmas leis que esta: transpõe-nas para o plano da criação consciente, isto é, humana.” (PEDROSA, Mário, 1947) </div><div><br />
</div>Este é meu acréscimo a discussão.<br />
Marcio Almeida Nicolau<br />
http://intertexual.blogspot.comq acompanhem o blog de MárcioAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-21244874785280376812011-03-31T10:54:00.000-07:002011-03-31T10:54:01.143-07:00Texto e invenção: conversas com Lau Siqueira<div>Sim...Mas, repara que a tal sedução natural transmitida pela possibildiade de invenção,de letra,de fala estabelece-se de forma diferenciada nos dais de hoje.Isso há algumas décadas.A tal transmissão torna-se incapaz de gerar um outro, elevando a condição humana de ser na linguagem em...alguma outra coisa.Minhas hipóteses vão por aí, inclusive acerca de nosso mal estar apresentado pela drogadição.</div><div>Nota que a sedução das oficinas de leitura e escrita muitas vezes não passa da mesma oferecida pelo anúncio de cigarro; nota que entre uma oferta ( pela coisa) e um encontro ( de algo que invente porque falta) surge o encontro sem falta, sem fala.Nisso os textos têm esta função importante mas...para além disso tenho pensado que o autor, a pessoa, aquele que inventa, enquanto presença no que nem é seu ( afinal um texto veio do mundo e à ele retorna) é de importância vital.Nem digo do autor enquanto aquele que dança, canta, declama ( possibildiade igual a dos auditórios transmitidos via tv) mas do texto enquanto história: da sua vida, da sua escrita, de seu processo.Viabilizar um certo reconhecimento entre autor e o resto das pessoas faz um furo, uma hiãncia capaz de, pelo menos, impossibilitar o óbvio.</div><div>Para além disso te asseguro que as crianças não estão sendo alfabetizadas.Pior que isso, a forma como são apresentadas à escrita impedem sua natural apreensão desta possibilidade.O texto, antes de tudo, é inconsciente, fundante de sujeito.Isso posto não há influência capaz de distanciá-lo de uma existência.Porém, quando algo aí ocorre...Quero dizer que escolher fazer uso de alguma droga é...da natureza humana.O que não é diz respeito a esta contravenção obediente em que não é um sujeito que escolhe isso ou aquilo...</div><div>Seguimos?<br />
</div><div><br />
</div><div>adriana bandeira<br />
</div>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-36614753464593291372011-03-28T07:29:00.000-07:002011-03-28T07:29:34.913-07:00São tuas as minha mãos, as palavras entre nós - Texto de Leonardo B. para Indecentes PalavrasDe Improviso<br />
Para a Adriana Bandeira,<br />
<br />
<br />
O momento,<br />
do momento que se traz cá dentro<br />
como um lume que não se apagou,<br />
como o retrato repentino<br />
da gente que nos ficou no peito,<br />
gaiola em desajeito<br />
de folha e arame improvisado,<br />
como horizonte de mar que se acontece preso ao céu.<br />
E sem preparo<br />
invento, do instante<br />
o tanto ou quanto só,<br />
cheio do que a memória guardou<br />
no rio de dentro,<br />
na margem do forte tambor aluvião.<br />
E de súbito, o momento<br />
do momento que em forma de gente restou<br />
antes ou depois,<br />
do mínimo espaço<br />
do tempo,<br />
do vento vago que se arruma cá dentro,<br />
resto de momento que em mim trago<br />
como brasa dum lume que não se apagou.<br />
Dum gesto, um momento<br />
um passo que trago do levante,<br />
que fica,<br />
dentro do tudo o que me basta, agora<br />
e do instante,<br />
agora, do pouco eu<br />
que invento<br />
ou improviso,<br />
de todo meu passo<br />
futuro e passado,<br />
a gasta pedra onde<br />
em sangue,<br />
também sou letra, momento meu<br />
onde me teimo ficar inscrito,<br />
como mínimo espaço do tempo que me divide,<br />
resgate urgente<br />
do pouco,<br />
pouco do mundo, de repente.<br />
E quem diria que<br />
aqui, ali, mais adiante<br />
no peito, no rio breve, na palavra,<br />
dentro do lume que não se apaga<br />
cá dentro, afinal<br />
também há gente?<br />
<br />
Leonardo B- abarcadosamantes.blogspot.com<br />
<br />
Março 2011, 27<br />
[breve aparte: o original deste “improviso” surge assim, tão de repente, na caixa de<br />
comentários num post da Adriana Bandeira, numa versão menos elaborada, e aqui<br />
ligeiramente alterada, mas orientada pelo mesmo principio… apenas em passo, caminho<br />
um pouco diferente, porque o principio e fim continuam inalterados: estas poucas<br />
palavras meio desalinhadas (ou alinhadas, conforme a perspectiva), pertencem à<br />
Adriana Bandeira, ainda que saídas de minha mão.]<br />
|imagem: reprodução de Francine Van Hove|Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-76460880300368154362011-03-27T10:47:00.000-07:002011-03-27T10:48:32.130-07:00Rapto de poema - Pedro du Bois ...em detalhe<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">CHUVAS</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Na chuva</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">encharco</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">ensopo</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">destaco o guarda-chuva</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">ao cinza: empoço</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> o canto do pássaro</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> escondido</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> em vão</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> em vãos de telhados</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> eiras e beiras</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> ressurgem ninhos</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> de pássaros</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> cantando o final</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> da chuva: na hora</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> seco</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> resseco</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">destaco o guarda-chuva</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">em que me apoio.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="yiv1400244699yiv296197260MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="font-size: x-small;"></span></i></div><i><span style="font-size: x-small;">(Pedro Du Bois, inédito)</span></i><br />
<em><span style="font-size: x-small;"><a href="http://www.pedrodubois.blogspot.com/">http://www.pedrodubois.blogspot.com/</a></span></em>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-43460120561426137682011-03-27T06:46:00.000-07:002011-03-27T06:49:11.459-07:00CARTA À LEONARDO B., O BARQUEIRO DESTE CAIS...SE O VENTO LEVAR-ME DAQUI ATÉ ELE, ENQUANTO LETRA DE MARAcontecer é registro de letra. Antes do corpo, na pele de seda.Que nem existe sem esta camada dura, inscrição da perda.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-1376664952863146972011-03-24T12:05:00.005-07:002011-03-24T15:48:31.542-07:00Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-11584857446919862752011-03-23T06:50:00.000-07:002011-03-23T06:53:01.338-07:00CONVERSAS ANTES DE DORMIR ...COM ANTÔNIO AMARAL TAVARES<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Calibri;">ENTRE COBERTORES E FALAS</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adriana</span>- A tua poesia faz-me não pensar. É como se a razão sumisse estilhaçada.Todas as que leio, ultimamente.Acho que alguns textos estabelecem este tipo de relação com seu leitor.É a cada vez.Por exemplo, amo o texto " O cavaleiro Inexistente" de Ítalo Calvino.Mas não amo todos os textos de Calvino.Isso vai contra o que se diz sobre o estilo, ou seja, seria mais provável encantar-se com uma forma de escrita do que com o texto a cada vez.São os amanhãs, é o mais um, neste sentido como únicos e estabelecidos num tempo, o da escrita do poeta e o da leitura do leitor...o que achas,Antônio?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Antônio</span>- Parece-me natural que o poeta vá procurando novos processos de escrita e de pensamento. Os meus poemas, em tempos, mudavam muito sob o ponto de vista estrutural e estético, conforme o tema. Isso tem tendência para acabar em mim, julgo eu, mas conheço casos de poetas com nome firme na praça que mantêm essa tendência, como sendo um cunho seu. No caso particular de Calvino não te sei dizer, apenas conheço “As Cidades Invisíveis”, que é mais uma leitura minha, de entre algumas muito desorganizadas que vou mantendo, de forma que não o li todo, ainda. No entanto considero-o um livro de poesia e confesso que o tema da cidade me atrai muito. Acho muito natural, que haja casos em que só ocasionalmente, o tempo do leitor se cruze com o do escritor ou poeta. Eu próprio, como leitor, conheço um exemplo ou outro assim.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Seguindo o teu pensamento, o amanhã do leitor também existe, isso não merece qualquer dúvida, e se um poeta procura comunicar e dessa forma ir ao encontro do leitor, é natural que quando o poema sai para a rua o leitor já lá não esteja. O poema também procura o leitor, tal como o leitor, o poema.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Lembremos Garcia Lorca, que tomou o caminho do surrealismo, também porque todos à sua volta o faziam, e ele, se o não fizesse ficava para trás. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Falas que, na minha poesia, é como se a razão estivesse estilhaçada. É verdade que me sirvo da poesia, em muitos casos, para procurar a razão ou a realidade onde o meu corpo caiba, Em quase todos os poemas que faço, mesmo não sendo esse o tema, há-de existir sempre uma frase, um verso que espelha essa procura. É uma forma de eu a procurar, evitando queixar-me e de falar o menos possível de mim. Sou eu a reconstruir o rosto interrompido, a procurar o mistério das coisas e as coisas de mistério que perdi pelo caminho. É um exercício interessante, esse de procurar as coisas e as cenas que trazem com elas mistério profundo. É algo em que podemos pensar mesmo sem escrever. Temos que procurar nas cenas do dia a dia ou nas nossas memórias mais profundas. Para mim é uma teima, isso de fazer do poema um lugar de mistério, é como se tentasse recuperar tempo perdido. Mas só os grandes poetas são capazes disso, eu apenas ocasionalmente o consigo. Dava um bom tema de conversa, se conseguíssemos falar dele sem ser através da poesia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Beijos, Adriana.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adriana</span>- Hummm... O tempo perdido...'No Caminho de Swann"...Mas qual o tempo que não é enquanto perdido?Talvez exista um que na sua repetição consagre o indizível como zona neutra.Gosto de uma expressão minha que é " que não passa sem parar" ou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>"Não para sem passar".Sei que isso diz respeito a experiência com a psicanálise e este tal inconsciente atemporal.Penso a poesia como algo que não traz nenhuma palavra nova.Apenas uma forma diferente de dizer algo do Universal.Realmente tua poesia tem esta marca de ser outra a cada vez.Como na série sobre Nova Iorque...Ali é outro a dizer algo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">A cidade é universal e é imaginária,de cada um.Deste lugar viemos...Como descreverias este tempo em que ainda não poetavas?Quero dizer...cresceste onde?De onde vem teu tempo?(eheheheheh)...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Antônio</span>- Sim, tens razão, todo o tempo é perdido, mas eu acredito que de tempos a tempos os ciclos de vida, naturais ou provocados, nos farão com que nos reencontremos, como um rio sobre o qual voltamos a passar. É essa ideia que procuro explicar no meu poema “Aveiro Revisitada” que poderás ler na etiqueta “cidade”, no meu blog. Há realmente coisas que não passam sem parar. E uma simples visita a Aveiro, na qual passei bons momentos na infância, com os meus avós, fez-me apanhar-me a mim próprio de uma forma que não conseguiria sem visitar essa cidade. Há um poema de António Gregório, português, que também poderás ler no meu blog, em que ele fala que o Universo se está a expandir, mas mais tarde recebe a notícia que, tal como se expande, um dia há-de contrair-se. Penso que este poema também fala disso.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">A universalidade, em poesia, é uma coisa relativa. Por vezes, sendo universal, ela apenas representa um pequeno período da nossa vida e se lhe podemos chamar universal é porque procura uma verdade, em se tratando de boa poesia. Aliás, não sei se a poesia não é um grande engano, tal como a realidade que, existindo, é a de cada um.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">A série sobre Nova Iorque é especial. Foram leituras que fiz de fotografias dos arquivos do MoMA e consegui uma economia de palavras que não repetirei, não querendo dizer com isto que nada tirarei dessa experiência, antes pelo contrário, aprendi bastante. É novamente o interesse pelo tema da cidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">É como dizes, a cidade é também imaginária, podendo ser longínqua e desconhecida, como foi o caso de Nova Iorque, ou podendo ser um lugar pertencente ao nosso crescimento e, é claro, ao imaginário e aos sonhos e desilusões que nela vivemos. Não querendo exceder-me em exemplos da minha poesia, se leres o “Poema da Cidade Distante”, lá encontrarás quatro cidades: duas reais e duas imaginárias, descritas sobre os lugares de Lisboa e Coimbra.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Eu tenho algumas dificuldades em falar do meu crescimento, principalmente da adolescência, peço que me desculpes sobre isso. A primeira publicação que fiz de poemas meus, no caso dois textos, foi aos vinte e um anos num anuário de poesia de autores não publicados que a editora Assírio & Alvim lançava por esses anos. Mas cedo passei a não gostar desses dois poemas e de qualquer coisa que escrevesse. De forma que deitei tudo fora, não se perdeu nada de bom, e parei de escrever. Só voltei a escrever em 2003, penso eu, gostando do que escrevia o bastante para o guardar. A razão para isso é um lugar de dor para o qual não estou preparado para falar, mas que se estiveres atenta, aos poucos vou deixando pistas como que deixa cair migalhas do pão que come</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Abraços para ti.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adri</span>- Sim...recebo tuas migalhas e percebo...tu recebes as minhas( eheheheheh).Sobre o que já falamos e mesmo que não seja igual...são nossas migalhas.É o que somos,não?Somos o que restamos.Mas, de fato, penso na poesia como instância da verdade.Nem tanto pelo que relata mas pelos significantes que assombram o leitor, propondo que este faça algo com o que lê.E digo, com todas as letras,o leitor também é o que escreve.Afinal, lemos algo que nos vem, colocando isso num papel ou tela...numa palavra, para ser mais precisa.A verdade, neste sentido, não tem tempo algum, por ser este assombro, estalo, este gosto que escapa a cada vez.O gosto que se perdeu e " revisitamos".Tenho pavor de ler meu texto,depois que pensei estar pronto.Não gosto de revisitar o que não é um novo gosto, ou seja, outra criação.Neste sentido, achas que lidamos com uma espécie de morte?Digo, a palavra seria uma forma de inscrição de morte?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Antônio</span>- A palavra é uma forma de morte. Eucanaã Ferraz diz que é defeito, Eugénio de Andrade dizia que é o real. Eu digo que é um erro. Caminha do sonho para a morte e por isso tresanda a morte. É um engano que nos faz muita falta. T.S. Eliot dizia que todo o poema é um epitáfio. Provavelmente amamos o real porque ele nos engana.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Há de facto na poesia um caminho para a verdade, senão um encontro com ela. Já falámos disto: se a verdade não é universal, ela tem pelo menos um rosto, uma máscara, que todos já vestimos ou sonhamos no passado, ou até que quisemos que fosse a nossa vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">O Leitor também é o que escreve, pois é. Correndo o risco de citar demasiados autores nesta questão, o que só prova a minha ignorância, lembro ainda Joaquim Manuel Magalhães ao dizer que “o que o poeta desconhece o poema sabe”. Quem descobre essa sabedoria adicional é o leitor e há leitores que nunca escreveram um verso que são mais poetas do que muitos que já os publicaram.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Entendo que falas também na verdade como algo que nos escapa de um dia para o outro, a nós que escrevemos. Isso é apenas uma condição ou um desprazer de quem escreve. Perde-se um pouco com a prática, mas já li dos maiores poetas que lhes acontece isso frequentemente, que o que deitam fora é mais do que o que conservam. Pessoa escreveu poemas sobre isso. É um risco que se corre, escrever um poema num dia e no seguinte ou dois dias depois estar a mostrá-lo, de qualquer forma. O tempo faz muito bem aos poemas, amadurece-os ou rejeita-os como maus textos. Mas, não sei se podemos falar de morte neste caso. Simplesmente enganamo-nos a nós próprios ou somos palavras que se enganam e enganam o que somos amanhã. Penso que cada um tem os seus truques para evitar ao máximo cair neste engano. Eu por exemplo, evito ouvir música enquanto escrevo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Não sei bem se fui ao encontro das tuas questões.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Beijos</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">António</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adri</span>- Hummm...pois é.Pergunto-me seguidamente se portamos as palavras ou se elas nos carregam.Já li que sofremos de uma invasão de palavras que por serem significantes nos consolidam como estruturas psíquicas.Seria o mesmo que dizer que a escrita é consequência de uma doença!(eheheheheheeh) Quem sabe?Se pensarmos na nomeclatura pathos que significa sofrimento,paixão e, também, doença...estamos no caminho ( eheheheh).</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Quando falas de engano surge-me o enorme engano que é o amor.Sim!O amor pelo outro é o do por si mesmo...Salvo aquilo que possamos detalhar.Amar uma voz, um olhar, uma forma de vestir...então a verdade sobre o amor estaria no mesmo tempo que a verdade do poema: no que vem a falar depois.Pensei nisto porque amar é restar...sobre o que falávamos das migalhas.´..deixar para além de si.Algo assim...Não sei o que pensas disso?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Antônio</span>- Observas bem. Penso que as palavras nos carregam e que é um engano pensar que as carregamos e manipulamos. Ouvi de alguém, há dias, que as pessoas são textos, tal como as salas ou as mesas, etc. Sendo um reflexo da nossa realidade, as palavras compõem-nos. Assim poderíamos muito bem ser representados pelo desenho de letras, que compusessem sílabas, que por sua vez compusessem palavras, ou que não compusessem coisa nenhuma, fossem apenas sons.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Ronald Augusto diz que a poesia é linguagem em crise. Isso tanto mais é verdadeiro quanto é a descrição exacta de certas doenças mentais, marcadas por um desfasamento da realidade e como tal, da linguagem, e marcadas, pela mesma razão, por um desmoronamento das palavras enquanto suportes de nós próprios, da nossa história de vida, do nosso dia a dia. As palavras são a nossa casa. Quando, ao fim do dia de trabalho, pensamos “vou para casa”, esse pensamento aquece-nos. Mas numa linguagem em crise, essa frase pode muito bem ter perdido as paredes e deixará de ter qualquer significado para nós, embora lá fique o seu espaço vazio. Sim, as palavras carregam-nos espiritualmente e desconfio, também fisicamente. O sexo, por exemplo, tem a ver com tudo, com todos os parâmetros da nossa vida. E ele está na nossa mente e também se estrutura em palavras e no forte significado que têm para nós. A beleza chega a doer e logo tentamos atribuir-lhe palavras. Sobre tudo isto, tu saberás mais do que eu.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Não é fácil falar do amor. Mas, já pensaste que, muitas vezes, o amor atinge-nos não com a verdade do presente, a atracção por alguém que nos responda às ansiedades do presente e da nossa idade, mas surge-nos como uma vingança sobre o passado, uma vontade de preencher lacunas do passado. Assim sim, o amor pelo outro é muito mais um amor por nós próprios. Isto sem falar dos casos em que escolhemos o parceiro ou parceira mais bonita, não porque gostamos profundamente dela, mas porque é a mais vistosa no grupo de amigos ou na sociedade. Também no amor as palavras nos carregam, ama-se porque se chega ao amor. Ou, no caso que descrevi, ama-se porque somos admirados, e então as palavras não são bem nossas, é tudo uma grande trapalhada e a palavra deixa de ter qualquer valor, lembrando esse velho conceito de cultura geral, muito usado nos meios sociais, mas que mais não é que a cultura dos outros. Não tem relação alguma com o nosso corpo cultural.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Não sei se amar é restar ou estar. Mas, se damos muito de nós, é provável que nos tornemos em algo mais do que aquilo que vemos no espelho. Talvez deixemos, nesses casos, uma cauda de cometa para trás, que os outros seguem ou simplesmente lêem. Essas coisas não são invisíveis. E se a relação se desfaz é natural que algo em nós se sedimente e fique para trás como se largássemos migalhas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Tem sido bom, o Carnaval? Beijos para ti.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">António</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adriana</span>- Pois é...ainda as mulheres e os homens são de alguém ou de algo.Mas o amor, de fato, constrói mais do que um si mesmo...Talvez aquela verdade de que nos encantamos por um resquício, por uma voz ou olhar.E sempre há de ser de antes, muito antes.Por faltar ou por lembrar.Aliás: qual a diferença entre falta e lembrança?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Fiquei pensando sobre o que tu dizias de não escrever ouvindo música.Também não gosto...</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">O carnaval...sobre a reunião que te relatei estava maravilhosa!Agradeço tua colaboração com a poesia além mar.Para mim o carnaval é um manifesto, uma ruptura, uma possibilidade de dizer algo do si mesmo.Muitas vezes, ficamos encantados com a obra sem saber do autor.Isso dá a falsa idéia de que as coisas caem do céu, que não há um eu ou vários eus que puseram-se a trabalhar, a falar coisas, a manifestarem-se.Assim é que gosto do carnaval...como possibilidade do Manifesto, com letra maiúscula.Esta correspondência além mar não deixa de ser uma expressão, um certo retorno.Já reparaste que me chamo Adriana Bandeira, não?São os barcos voltando...O que achas disso?O que achas da poesia que vem do Brasil?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Antônio</span>- Um poeta escreveu que “O amor costuma responder por acordes simples”. Não sei se será sempre assim, mas talvez não devêssemos deixarmo-nos enlevar por esses acordes.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Os dias de hoje, no Brasil, estão muito enriquecidos por uma novíssima fornada de autores de grande qualidade. Já ouvi dizer que são grandes as dificuldades em que os críticos e os seleccionadores da boa poesia se têm visto. No entanto já chegaram às minhas mãos duas colectâneas de novos autores e ainda alguns livros de autores, que sendo contemporâneos e ainda relativamente novos, já gozam de grande reconhecimento. Quanto aos novíssimos autores, faço o reparo de que produzem uma poesia bastante cerrada e que não é à primeira leitura que conseguimos extrair algo dela. Parecem ter riscado da sua escrita, e fizeram muito bem, grande parte das metáforas e palavras do passado. Tenho alguns favoritos, mas não vou adiantar nenhum porque concerteza deixaria, injustamente, alguns para trás, apesar de que o que eu disser relativamente a escolhas não adiantará nada ao cenário existente, estou longe de possuir essa influência, mesmo no quadro da blogosfera.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Beijos e abraços </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">António</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Adriana</span>- Boa noite, Antônio.Até<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>amanhã ...que o dia aqui já amanhece e as luzes se dissipam fingindo estarem impunes.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Beijo com todas as letras</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Antônio Amaral Tavares, poeta português: </span><a href="http://acasaquecaminha.blogspot.com/"><span style="color: purple; font-family: Calibri; font-size: large;">http://acasaquecaminha.blogspot.com/</span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: large;">Adriana Bandeira, Brasil: http://indecentespalavras.blogspot.com/</span></div><span style="font-size: large;"></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-10435980330796456922011-03-12T05:39:00.000-08:002011-03-12T05:40:46.356-08:00Antônio Amaral Tavares falando do tempo destas coisas<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">OS CROCODILOS DO RIO</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';"></span><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">Os crocodilos do rio esperam famintos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">a flor branca dos primeiros corpos que se </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">afundam na água dos próprios olhos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">ao queimar do pano da tarde quando </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">nos corações já rarear a erva verde. A morte</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">ama estas casas de gesso construídas </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">sobre a febre o alvoroço do movimento das patas</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">os registos de viagens remotas </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">estes gestos de barro tão velhos de </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">quem sempre atravessou este rio. A morte</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">insurrecta espalha pétalas muito brancas</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">sobre as suas águas como outro sinal de si</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">mas é negra a noite que descansa sobre o rio.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">Ah outras sombras que se inclinam </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">como uma asa e ali se perdem. A morte</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">ama estas casas turvas de lodo. Os gestos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">de barro são da idade do rio</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">só ela é mais velha ela tem a idade </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">das primeiras poeiras a morte.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">Insaciável desde então.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-family: 'Arial Narrow','sans-serif';">visitem <a href="http://acasaquecaminha.blogspot.com/">http://acasaquecaminha.blogspot.com/</a></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><br />
</div>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-39805617839585087702011-03-10T16:04:00.000-08:002011-03-10T16:04:10.147-08:00O MANIFESTO NA ESTAÇÃO DA PALAVRA<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A idéia de reunirmos as diferentes expressões das artes teve o carnaval como porto. Um barco assim, de primeira viagem, estava sem rumo, sem certezas, como os primeiros desbravadores restaram.Para cada história, um novo lugar e a Estação da Palavra,da Cultura, das Artes recebeu aquilo que poderia surgir: terra a vista.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O acolhimento de uma idéia diz respeito a isto, a um encontro especial, faltante das determinações que já desenham o final.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Foram os dias do antes em que o grupo das artes plásticas escreveu uma oficina de máscaras, escritores desenharam poesias, músicos pintaram sons e tudo somou fantasia. Diziam alguns que diante de tanto nada daria certo, já que carnaval é carnaval.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por outro lado já ali estavam os significantes: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fantasia, música, máscara...Ali já nascidos nossa disposição para o existir, no que nos faz como isso ou aquilo: somos o que restamos em verso, em fala, naquilo que vestimos, naquilo que acabamos produzindo, compondo.Nossa fantasia de existência derrama alegria ou tristeza, esperança ou covardia.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O carnaval nasceu deste manifesto, pelo menos aqui no Brasil. Nasceu desta fresta pequena que supõe o subversivo espaço que habita nossa fronteira mais íntima: os contrários.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pois bem...a Estação estava iluminada na quinta-feira da semana passada.Poemas, máscaras, pessoas, músicas e falas encantaram os trens que nem passam mais por lá.Porém, por algum breve instante, voltamos no tempo quando de onde , antes, vinham os trens, sugiram os músicos, os artistas, as pessoas, caminhando pelos imaginários trilhos em forma de nuvem. Ao som de instrumentos e canções, vozes de longe chegavam reconhecendo as luzes de um palco, aquelas da plataforma dos embarques.Foram chegando,pedindo licença, anunciando nossa indecência.Sim!Indecente a verdade que nos abraça nus neste tempo. Éramos esperados pela estrada, como todos o são.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Assumindo o palco, estas pessoas da Faculdade de música, artes cênicas e artes visuais da UERGS invadiram a letra e voz de Nadir e Manu, juntando-se a Nilton, João, David...juntando-se a Celiza e todas as outras vozes que cantavam uma música só.Todos acatando a convocação de manifesto, de expressão de vida.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Bem...aos poucos o tempo dos trens...Era a hora de ir.Talvez a melhor frase seja aquela dita por Davi, antes do fim ( diz ele que esta surgiu no café comercial lá no centro, antes do antes): É ...saudade não se vive, se sente.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pois ficou este sentimento, este desejo de volta. Acho que os trens nunca deixam de existir!</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Agradecemos a todos que fizeram deste cordão uma vivência de poesia. Aos que chegaram com suas máscaras e intenções coloridas; que estiveram conosco na palavra cantada, tocada,escrita,encenada...àqueles que pelo manifesto mais íntimo e sutil, fizeram-se presente nesta pequena estação da palavra.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Até o próximo trem!</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Beijo com todas as letras</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Adriana Bandeira</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-87777024364725848492011-03-09T08:42:00.000-08:002011-03-09T08:52:03.899-08:00Amar tem que ser fatal- Luiz Aldana em Indecentes PalavrasPara conferir...prata da cidade , com letra de Pedro Sthiel , produção de Diego K e a voz inconfundível de Luiz Aldana.Ah!...Gravado lá na Peña del Sur.Vale a pena.<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=zGFQ-XToZV0">http://www.youtube.com/watch?v=zGFQ-XToZV0</a>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-40662748246765939232011-03-08T12:12:00.000-08:002011-03-08T16:02:40.349-08:00Ruídos noturnos de Jorge, para "acender" Indecentes Palavras<div class="MsoNormal"><span style="color: white;"> </span><br />
<span style="color: white;">BACK DOOR MAN</span><br />
<span style="color: white;"> </span><br />
<span style="color: white;">na linha que separa os hemisférios</span><br />
<span style="color: white;">no anel marrom como de ameixa murcha</span><br />
<span style="color: white;">exploro a densidade do meu beijo</span><br />
<span style="color: white;">e o pudico tremor de tua cintura</span><br />
<span style="color: white;">às firmes dobradiças da fronteira</span><br />
<span style="color: white;">do circo/cidadela</span><br />
<span style="color: white;">falo na língua viva dos safados</span><br />
<span style="color: white;">e o séssamo se abre enquanto eu</span><br />
<span style="color: white;">falo</span><br />
<span style="color: white;">para acolher o fim dos meus exílios</span><br />
<span style="color: white;">neste parto do avesso</span><br />
<span style="color: white;">em que me entorno fruto do teu ventre</span><br />
<span style="color: white;">e o corpo todo se transtorna em caldos</span><br />
<span style="color: white;"> </span><br />
<span style="color: white;"> Jorge Rein</span></div>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0