sábado, setembro 21, 2013

Nesta manhã soube de ti pelas postagens...Enxerguei teus olhos, tua paisagem que nem conheço, que nem experimentei.Partiste e eu nunca voltei.Aguarda-me em terra porque sem saber, sempre te amei.
Luciano P.
Uma memória
de flores
visita-me

sou outra.
Minha morte
Tens esta dor no lado esquerdo, no terço do pai, arroz, festejo...esta sombra quando o sol vem, a morte tua que me tem.
Erótica

Solte uma
das mãos
e a outra
leve insônia
breve espanto
lábios
boca

respira o vento
entreaberto na flor
molhada
tua palavra entrando
sem fim
sem dizer
nada

Como se fosse a primeira vez... meu coração batendo, por cima da blusa, dos olhos, do tempo.Assim, repetição sem repetição...como se fosse a primeira vez, ali no chão.
Quando vem esta neblina,esta densa tarde de luzes, de cansaço...durmo nua no teu braço.
-Não veio....
-Mas como?Ele sempre vem!
-Naquele ano as crianças caçaram vaga-lumes e colheram ameixas amarelas .A mãe os trouxe para perto cantando alguma coisa sobre o sol, a lua...as estrelas.O pai descansando...ouvia ,como menino, esta história toda!
-Mas não era natal?
-Era sim.Quero dizer...era dezembro!...Mas neste tempo eles não sabiam destas coisas de comprar e comprar...e dormiram encantados depois que soltaram as luzes, feito lanternas como barcos no mar.
-Pois é mãe...quem será que inventou o papai noel?
Dias de sereia

Prefiro observar daqui, no meio delas, com as canções calados para quando a noite chegar.As embarcações andam e os deuses, com medo... sonham em sobressaltos.As pedras sempre passam...as pedras são espelhos,retratos.

quarta-feira, setembro 18, 2013

Jorge Ricardo Dias em indecentes palavras

                 Dias de Jorge em ricardias: músicas e letras do menino do rio. 





1- Sabendo que não gostas de saídas sem despedidas rsrsr... prefiro dizer que estamos em festa! Parafraseando: “O começo é estar pronto”...Pois bem, estás inaugurando a retomada das entrevistas em indecentes palavras.Uma longa história, uma longa história...Mas é fato que as entrevistas me emocionam!E simplesmente quando  leio as respostas...choro.Pelo que ali se revela aos poucos, de cada um.Pois bem...Jorge, o que te emociona muito?




Várias coisas me emocionam muito. O que me vem mais imediatamente é a inocência e a beleza. Constatar inocências me renova a crença e a esperança num mundo melhor e também me mostra que o cinismo, que tem crescido, não esterilizou a inocência. Beleza também me toca muito, mais as belezas impalpáveis, as do espírito. Nunca me esqueço do impacto que me causou a exposição da escultora Camile Claudel; suas esculturas, muitas das quais de pequeno tamanho, parecem gritar angústia. A beleza na arte pra mim é muito mobilizadora. Tem poemas que se eu disser em voz alta, corro o risco da voz nem sair. Desprendimentos e fraternidade me comovem também.




2- Pensando nas palavras e no que tens com elas, estas tantas...Que caso de amor é este?



Penso que uma coisa infantil que, nesse caso específico só adultos têm, que é o senso lúdico com as palavras. Você foi feliz ao se referir a essa relação como um “caso de amor”; é uma expressão que sempre uso pra descrever a minha intimidade e prazer ao lidar com elas. Tenho inclusive alguns poemas metalinguísticos sobre isso. É de fato um caso de amor antigo e com todos os ingredientes que todo caso de amor tem. Enamoramentos, inseguranças, rusgas, prazer, crises, alegrias... A palavra é feito larva, sem você perceber te crava.




3-  Menino do rio...Perdoa se soa estranho... mas é um elogio! Talvez pelo que aparece nas tuas criações, este ar de moleque, de graça, de infância séria mas...verdadeira.Nas composições em música...como “Bumerangue”... Isso é uma sintonia marcante que nos convida a brincar!Poderia nos contar um pouquinho da tua história de menino...isso que aparece vez ou outra nas palavras que usas?

Vou tentar. Fui um menino introspectivo. Só depois de bem adulto é que fui me dar conta de um dos principais fatores dessa introversão. Desde os 6 anos eu uso óculos e o grau é forte. Isso contribuiu muito pra que eu limitasse meu universo a um perímetro pequeno, dada a minha visão de alcance limitado. Então isso, de certa forma foi compensado com muita imaginação, ou seja, visão física curta, visão imaginativa, não fisica, potente. Com isso eu frequentemente brincava dentro desse microcosmo que fui construindo. Somese a isso meu gosto inato e precoce pela leitura e dei a sorte de ter em casa o que ler e do bom. Devorei uma coleção inteira de livros do Monteiro Lobato e também uns com as fábulas de Esopo. Rapidamente tomei gosto por toda essa riqueza que foi me fascinando. Lá pelos 11 ou 12 anos tomei contato com a poesia e aos 14 li A metamorfose, de Franz Kafka e gostei muito. Daí em diante acho que fui me tornando cada vez mais ávido como leitor. Penso que essa é a origem dessa coisa imaginativa, lúdica e sonora que perpassa a minha escrita.




      4-   Pois é, Jorge...dizem que o amor não se aprende, ele nasce e teu amor pelas palavras nasceu.Dizem outros que não se aperfeiçoa isso na escola, na universidade, no conhecimento...Não sei, não sei.Costumo pensar que conhecimento e amor andam juntos e que amar é querer saber.Mas, afinal, qual tua formação acadêmica ou de trabalho?

Concordo, Adriana. Porque o coração pode entender e a mente pode sentir, não só racionalizar. Não entendo como entidades uma excludente da outra. Na Física humana duas coisas podem ocupar o mesmo lugar. Meu amor pelas palavras é sim inato, mas ao longo do tempo fui aprendendo a amá-las melhor e também de certa forma retribuir, fazer disso uma interação e não apenas um egoísta sugar de energia. Quanto à minha formação acadêmica...me graduei em Cinema, pela UFF. Não sei até que ponto minha paixão pela fotografia e pelo cinema contribuíram pro tanto de imagética que é a minha poesia. As voltas que a vida dá me levaram a ser, há 24 anos já, terapeuta corporal.






5- Jorge...e as mulheres? E a cidade?

Curioso isso de você fazer essa pergunta casada. Sou um carioca assumida, eterna e irremediavelmente apaixonado pela minha cidade. E até em poema eu já a comparei com uma mulher. O Rio é uma cidade mulher, com suas curvas sedutoras no seu singular recorte geográfico e também por ser femininamente cheia de surpresas. Com frequência nos deparamos  com microcidades dentro da cidade. Santa Teresa, Bairro Peixoto e o Alto da Boa Vista são bons exemplos disso. O Rio é uma mulher dessas que ninguém adivinha a idade, seus encantos nos fazem esquecer desses detalhes mesquinhos. E ela mesmo maltratada mantém seu charme e viço. Se houvesse uma mutação genética que levasse os homens a se auto fecundarem e com isso as mulheres desaparecessem da face da Terra, não creio que a humanidade fosse durar nem mais um milênio. Acho que isso resume minha admiração e reverência às mulheres. Se os homens tivessem um pouco mais da profundidade e delicadeza das mulheres, certamente teríamos um mundo melhor.




6- Dizem que o poeta fala de verdades e que isso é extremamente   político.Nisso penso que não existe um poeta sem a sua denúncia, seu   sagrado destino de dizer o que, certamente, modifica o outro.Não sei se esta intenção é inconsciente,se ela existe na hora da criação.Aliás: como crias teus poemas?Necessitas de algo especial para fazê-los?



Penso que a arte tem sim, um papel que ultrapassa o âmbito do estético. Ela pode formar e mudar consciências, quando não se contenta em ser meramente escapista. Tem textos meus em que abordo questões existenciais, comportamentais, políticas, de forma bem consciente, mas certamente uma parte disso, por estar impregnada na alma, sai de forma menos racional e vem na esteira do lirismo. Receio me estender muito no afã de descrever meu processo de criação, mas vou tentar ser conciso. Meus textos nascem e se desenvolvem de maneiras variáveis. Podem partir de uma palavra isolada, de uma sonoridade, de um estado de espírito singular que me traga imagens que aí converto em palavras para traduzir esse estado, enfim, varia muito e às vezes surpreende até a mim. Vou ilustrar com um exemplo que me ocorreu agora; certa vez estava num reduto carioca de samba de raiz, fui lá conhecer e, enquanto o samba rolava, animado e alto, subitamente me veio ao pensamento a ideia de leveza e a palavra leve e seu duplo significado. Então ali mesmo, nessa situação, mentalmente escrevi um soneto chamado Leve o leve e que, pelo menos conscientemente nada tinha a ver com aquilo que eu estava vivenciando naquele momento. Ah, a música me inspira muito também e adoro escrever ouvindo coisas de que gosto. Me inspira bastante.




7-As preferências existem...não estamos livres delas.Quais tuas criações que mais aprecias?Quais os escritores que preferes enquanto leitor? E os escritores contemporâneos?

Olha, é meio difícil dizer de quais textos meus gosto mais, porque tenho muitos e sou pai afetuoso com todas as crias, mas pra não me omitir e te deixar sem resposta, destaco um soneto chamado Dança, repleto de metáforas eróticas sutis e um poema chamado Continuum que foi escrito de forma circular e de tal maneira que pode ser lido tanto no sentido horário quanto anti horário e faz sentido nas duas direções. Quanto aos meus escritores preferidos, é outra longa história e pra encurtar vou só citar alguns, tanto poetas quanto prosadores: Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Franz Kafka, Edgar Alan Poe, Fernando Pessoa, Jorge Luis Borges, José Saramago e Manoel de Barros.




8- Jorge...sexo, drogas e rock in roll...?O que dizer?



Sexo, se não fosse ele, não estaria aqui dando essa entrevista e não teria ninguém pra lê-la e nem vc pra fazê-la. Com o tempo aprendi que cada um vê as coisas da vida com sua ótica particular e que não devemos ser prescritivos das nossas “verdades”. Relutamos muito ainda em admitir, mas somos cheios de preconceitos. Sexo só tem sentido com amor? São prescrições. Prefiro tentar aceitar a diversidade dos hábitos e conceitos humanos. Drogas, já experimentei cannabis, o santo daime, álcool e açúcar (risos). Só não tenho nenhuma vontade de experimentar as mais destrutivas, mas de novo friso que prefiro não julgar quem as consome. Rock and roll eu curto até hoje, mas sou meio chato e só escuto o que acho realmente bom, assim como no jazz, na música erudita, na MPB, etc. E “sexo, drogas e rock and roll”, eu acho que cada um pode ter a sua versão subjetiva. Eu tenho a minha. Mas isso não publico (risos).





9- Estes dias informalmente falávamos de fantasmas...O que são eles para ti? Ou melhor: eles existem? rsrsr



Tua pergunta me fez lembrar de Sartre, que disse: “o inferno são os outros”. Remete a incompreensão, incomunicabilidade e solidão, mesmo sem estar sozinho. Esse certamente é um fantasma que assombra a muitos, à maioria, eu diria. Amor não correspondido também produz fantasmas meio resistentes a rezas fortes. Mas o consolo é que os artistas sempre arranjam um jeito de tirar proveito mesmo disso e fazer boas limonadas de azedos limões-fantasmas.




10-Terapias?Terá...pias? rsrsr



Vomitar na pia pode ser uma boa terapia, ao menos emergencial, pra aliviar a pressão. Mas se você está perguntado se faço ou já fiz terapia e o que acho disso, eu já fiz, mais de uma vez, diferentes linhas, atualmente não faço, mas se achar um dia que estou precisando, volto a fazer. Dependendo da empatia entre terapeuta e paciente, o que considero fundamental, pode ser muito proveitoso.




11-Tua poesia, para mim, traz um frescor estranho. É familiar demais, naquilo que conserva a rima, a ficção e por vezes ela me faz lembrar minha rua da infância onde a turma jogava bola e não tínhamos hora para dormir. A rua era nossa casa! Tua poesia me faz lembrar disso e...na verdade são ruas distantes, a minha e a tua. Jorge...como pode a lembrança abrir lugar na letra de um outro?




Adriana, só posso entender isso pela ótica e pelo sentimento da humanidade que nos faz iguais. Alguém (quiçá varios alguéns em diferentes momentos) que agora não lembro quem pra citar, disse que quanto mais particulares somos, mais universais. Curiosamente é isso mesmo. Não é por acaso que escritores como Dostoieviski, Shakespeare, Pablo Neruda, cineastas como Felini, Akira Kurosawa, Glauber Rocha, pintores como Da Vinci, Picasso, Portinari, músicos como Bach, os Beatles, Tom Jobim, artistas de diversas culturas e línguas, com suas vivências e expressões artísticas tão locais e particulares, são tão amados, cultuados e conhecidos no mundo todo. A minha rua e brincadeiras infantis é muito afim com a tua e certamente semelhante, mesmo com suas diferenças geográficas e culturais, à maioria das ruas e os personagens infantis que as povoam.






     12-Filhos...Pai...?

Tenho dois, já adultos e o caçula mora comigo. Sou meio o arquétipo do pai amigo e de doce convivência. Neste momento estou fazendo a revisão da monografia de conclusão da faculdade da minha filha. Meu caçula faz aniversário junto comigo e todo ano comemoramos juntos e no grande estilo que essa coincidência merece.




13-Blábláblá blog, artistas de rua...e um encantamento pelo que não é tão visível,é detalhe, é o dia a dia da tua poesia...Concordas?O que te faz escrever?

É, acho que concordo sim. Você observou agudamente bem, o encantamente pelo que não é tão visível e o desejo meu de através da escrita trazer isso mais à tona. Tem sim o detalhismo que torço pra não “soar” enfadonho (risos). O que me move a escrever, além do encantamento pela palavra, seus significados, o que elas podem traduzir em termos de ideias e sentimentos, além da sua musicalidade (ser também músico me ajuda nisso), é a necessidade premente de me expressar e meu canal mais fácil pra isso é a escrita e em particular a poesia.. Confesso que não consigo nem imaginar como eu seria hoje se não escrevesse. A escrita, mas devo acrescentar que em quase tão grande escala, também a música, já que amo musicar meus poemas e transformá-los em canções, eu adoro canções, a escrita me constitui. Escrever me traz certo alívio não sei bem de que, talvez das inquietações internas. Meus poemas são minha prole impalpável, são órgãos externos ao meu corpo físico com funções semelhantes aos internos, ainda que abstratas, de metabolimso, nutrição, excreção, oxigenação e circulação.









14-Gostarias de dizer alguma outra coisa?



Quero só dizer que adorei a entrevista, que ela me levou a conversar com o leitor e com você sobre coisas relevantes sobre mim e pra mim e que o mundo ainda vai ser salvo pela beleza. Muito obrigado por essa auspiciosa oportunidade. Um beijo!






Querido Jorge, muito me emociona esta tua visita em indecentes palavras.Por ter sido tu a vir, depois de tanto tempo!É que a casa estava fechada para reformas... necessárias! (esta coragem que se tem quando é desejo escolher!) Pois bem, nesta rua tão tua, tão minha sinto-me honrada com tua chegada, naquilo que nos toma em parte como estrada, este amor que nos faz dizer, cantar e escrever.Esteja sempre convidado , em indecentes palavras...pelo que nos faz crianças ou pessoas...na rua da nossa casa.



Beijo com todas as letras!

Adriana Bandeira
O amor fora das telas

No filme adotei teu traçado,moço, bandido,afilhado, o padre e a puta vestida de fome e de dor.Mas o vento falou tanto,tanto...Ouça, meu amor, hoje abre a porta com cuidado e deita em concha, mar, azul sagrado, no fundo do meu lado sul.Lá te recebe como porto, cais, estrelas,guias loucos o que nos couber...para desenharmos enquanto a chuva não vem.

O sonho e a morte
 
Briguei com o sonho a noite inteira...sobre a razão das coisas, dos assombros, dos medos.E foram tantos argumentos que, ao final, ao final de tudo, me convenci de que o sonho é independente.É...porque por toda a infinita certeza que tracei com palavras e gestos e cheiros, com as precisas verdades escaneadas da mídia, do dito contexto...ainda assim, silenciosamente ele aguardava.Sabia que o cansaço me tomaria.
Por alguns segundos, horas ou gestos, esta noite, uma borboleta me visitou com suas delicadas cores, no céu que carrega em si.O sonho é como a morte dos argumentos...Ele apenas vem, e fim.
Pedra palavra

A " pedra" que mais gosto...é a pérola.Mas sempre desconfiei que não era uma pedra.Ela tem esta coisa de entranha, esta cor de camada, de terra, do tempo.Temos tantas, como as ostras,...esta cicatriz que oferece ao mundo,uma outra palavra.

terça-feira, setembro 17, 2013

Somos diferentes, Sancho.O que desejo é somente colher as flores! Meu senhor, não há colheita delas.Rocinante leva água, pão e armas! E nós mesmos... apenas as espadas! Silêncio Sancho! Não escutas as vozes que as estradas nos trazem? São as flores que nascem e eu as colho.Estou com os olhos cheios delas...para que Dulcinéia me tenha para sempre.
O vento entrando
flor de sinais na pele
cicatriz de espada na palavra
febre
Na fotografia
estava o vento
que partia
em dois
o antes e depois

na terra e na flor

sexta-feira, setembro 13, 2013

E o mar nasceu com o barco, que desenhou o cansaço do vento....Vela!
Quando tem cheia de rio, aperto o nó na garganta.Perco o Leco que foi com a última vez da andança.Um barco passava e recolhi: as roupas, o frio, os guris...Mas o Leco só abanava o rabo e não entendeu a gente.Leco não dormiu mais aqui.Arrumei outro, preto, igual mas de latido estranho.E depois de agora, dois anos...a cheia volta a lembrar.Que Leco vou botar no lugar?Apesar disso gosto da cheia...dá esta dor de saber...que a estrada não tem fronteira.A rua, no ano que foi, há mais de muito depois...tinha o barco maior no meio do meu galinheiro...e eu me senti dona do lugar inteiro!Gosto de rio que se enche, que se engravida e volta, que ninguém entende e xinga e gosta...mata,morre, emagrece, engorda.O rio é mulher, vez ou outra.
Ignoro as cores que não te contam em segredos... és página de um livro e embora exista o destino, ele te perdeu.Ficaram as fomes e os vestígios do desejo teu.
Diz-me que não entendes uma palavra do que digo .Mas é verdade que a cada não dito, te ergues diferente ...por vir a ser.
As casas são diferentes.Tem seus barulhos e cobertas nas janelas.Os fantasmas...coloridos ou transparentes .Decentes ou indecentes.São alegres ou tristes...são estrelas ou sol poente.Podem ser xícaras de café ou uma música certeira.Casas são passageiras...deste simples desejo de estar.
Na linha da mão o pequeno dorme escondido.Estrada que segue sem estar sozinho.Deus deu-se ao tempo, seu destino.
Descansava na paisagem das cores, um vermelho sem tamanho, sem fim, sem nome! Este rastro do sangue das coisas que escrevem, sem que as tomem.