quinta-feira, janeiro 06, 2011

Ensaio sobre o amor IV

O elevador descansa e espera A moça dos botões dos andares esferas Sorri  esperança  alegria de ser testemunha de alguma coisa Nem sabemos Dizem todas as pulsações Mas há o incômodo do movimento o giro dos apertos É só um salto de balé Ele quieto e eu ninguém Quando morremos dói demais Mas há de ser morte o que nos faz honrar as melhores horas de uma noite se a vida voltar
Uma febre repentina pede um mal estar Despedimo-nos na rua como a indiferença faz
Estranho ir embora sozinha Desmaio sem respiração Algumas pessoas socorrem alguém me diz Coração É somente febre respondo sonâmbula Febre de trem
Quando criança assistia o trem abrindo a rua  minha estrada Esperava por ele Nunca parava Um dia parou quieto e tremi Sei quando estou diante de um trem pelo silêncio que sai de mim
Quando se trata disto não há solidão Um homem me segura  abraça apertado Diz-me Minha filha o que te falta Falo sem falar e ele me dá sal Tens a pressão muito baixa Sorri encantado e respondo do que não sei Fico no colo de meu melhor pai O que sabe dos trens


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