tag:blogger.com,1999:blog-35993168296146129052024-03-12T18:35:12.929-07:00Indecentes PalavrasAdriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.comBlogger80125tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-19657631474880853652013-09-21T13:18:00.003-07:002013-09-21T13:18:34.892-07:00<span style="font-size: large;"><span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">Quando vem esta neblina,esta densa tarde de luzes, de cansaço...durmo nua no teu braço.</span></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-52848558107330521032013-09-17T06:18:00.003-07:002013-09-17T06:18:56.894-07:00<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;"><span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">O vento entrando<br /> flor de sinais na pele<br /> cicatriz de espada na palavra<br /> febre</span></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-63247061551834242482013-09-13T13:33:00.001-07:002013-09-13T13:33:08.461-07:00<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}"><span style="font-size: large;">Descansava
na paisagem das cores, um vermelho sem tamanho, sem fim, sem nome! Este
rastro do sangue das coisas que escrevem, sem que as tomem.</span><br /> </span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-5814157380554190552013-06-02T11:37:00.002-07:002013-06-02T11:37:38.367-07:00<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">Dias de solidão! </span><br />
<br />
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">E nas
vezes em que estas dores estranhas me acordam, quando sou pequena
ainda, como agora, tenho medo do que não lembrar. Permito-me recolher
somente os restos de antes , as palavras de antes , as flores que nunca
murcham e a água que leva os barcos sem mar. Como parte infinita faço
listas, poesias, para guardar como relíquias tudo...sem conseguir o tudo
que nunca há.Lembra das corredeiras? Elas n<span class="text_exposed_show">ão
param...quando estou assim! Ainda ontem...te ouvi e hoje há uma chuva
sem fim lá fora.Ah! perdoa se a chuva, o mar, e as fomes turvam meus
ouvidos neste embaraço de cores! Mas quando assim estou pequena e
quieta...não consigo escutar nada que não me faça lembrar de quando
aprendi a falar! </span></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-5758781824535487022012-12-28T05:14:00.001-08:002012-12-28T05:14:42.146-08:00<span class="userContent">Palavra por palavra<br /> <br /> E se na madrugada
fria tomares minha garganta como vinho, partitura, nestas estações que
oscilam, em que sou tua...E se nos calores das febres ainda restar meu
colo como o que te encaixas, e se me fazes uma outra mulher a cada nova
taça...que seja por fim tua voz a minha pátria! Palavra por palavra.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-74818181903526445462012-07-04T10:30:00.000-07:002012-07-04T10:30:09.047-07:00<span style="font-size: large;">Na casa o silêncio mora mesmo que o vento conte a história e fale de
si.Aqui , pelos barulhos, foram todos embora, menos o vazio das horas
que me fazem rir.Reconheço cada resto, cada gesto sincero.Os que não
foram...não deixam cicatriz.Na casa mora esta ternura que ainda guardo
em mim.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-81057216795885146592012-05-18T06:19:00.002-07:002012-05-18T13:29:54.360-07:00Linha <br />
<br />
É o fio que escorre,separa e segura,que mede e deseja a ternura : que nos pegue pela mão.É o fio que faz a faca, a escultura, fumaça, fio de massa que esparrama letra no chão.Passo na rua, estranha, fio da luz que banha um quarto de amor.(Adriana Bandeira)Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-24153441878049061042012-05-07T05:07:00.001-07:002012-05-07T05:37:30.224-07:00<span style="font-size: x-large;">Há três...somos em trio.Um eu, um tu e este encanto que nos faz outros.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-27380990229124306662012-05-07T05:00:00.002-07:002012-05-07T05:42:15.850-07:00<br />
<span style="font-size: x-large;"> BARCO A VELA</span><br />
<br />
<span style="font-size: x-large;">Um cordão frágil desenha oscilante mar e praia.Dança o barco,sombra de dentro, na parede da sala.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-83355069902885137132012-05-07T04:52:00.002-07:002012-05-07T05:44:38.267-07:00<br />
<span style="font-size: x-large;"> TRÁGICO-CÔMICO</span><br />
<span style="font-size: x-large;">A</span><span style="font-size: x-large;"> vez de existir faz chá de erva doce, sumiço de outono.Abandono é só a sombra na beira do rio.E ri.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-66826853817144385852012-05-07T04:47:00.001-07:002012-05-07T05:46:51.443-07:00<br />
<span style="font-size: large;"> TEMPO DE IR</span><br />
<span style="font-size: large;">O tempo me trouxe a verdade: não se vai embora sem saudade, não se vai nunca mais no depois</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-44440348936128586482012-02-08T08:25:00.000-08:002012-02-08T08:25:00.138-08:00Suspiro<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span style="font-size: large;">Felicidade...é um tempo esquisito, perdido do dito ou não dito...é um lugar do estar.</span></span></h6>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-66966158985259767802012-02-08T08:24:00.000-08:002012-02-08T08:24:02.717-08:00Fui<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}"><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span style="font-size: large;">E quase na areia fica gravada a certeza da pequena estada, um pé de mim na areia.A praia ainda deserta fez levar o mar ao descaso e hoje apenas o vento carrega meu embaraço.Estive ali, ali mesmo..onde hoje nem imagino quem era a que se foi.Estive tão perto e tão longe de ser o que nem se achou.Apenas tão rápida... a onda do mar...levou.</span></span></h6>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-18192139489382698832012-02-08T08:14:00.000-08:002012-02-08T08:14:59.318-08:00Freud e José<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span style="font-size: large;"><br />
<br />
...Então não sabem nem ler e escrever... Eu? Bem, ando a cata da qualidade disto, quero dizer, de não isso, deste volume de coisas que se agiganta quando deitam na primeira voz. O que imagino, doutor Sigmund é que desejam mas ...desejam tantas coisas! Isso aprendi desde cedo. Existem muitas e muitas... palavras.<br />
É, a dor de estar alheio nunca foi tão desperta assim. Mas o escape, a impaciência dita em desavenças rende alguns silêncios.Costumava brincar com o cachorro mas as crianças não são tão dóceis com eles.Nem mesmo eu. Ah!Como? Não... quero dizer que por mais que me dedique e me esconda em latidos para estar próximo, a ele nada supera sua vida de cão.<br />
Hoje sinto frio de gente, de notícias. Aguento em vidros, como poderia dizer. É, vidros... aquilo que a cada momento quebra-se no chão dos pés, mesmo que seja somente no pensamento.<br />
Esta manhã, por exemplo, lembrei-me dos cânticos, das músicas, dos ensinamentos religiosos. Lembrei-me de Jesus e do quanto inventam coisas. Ora! Jesus nascido de uma virgem? Sem pressa desfio o rosário, porque esta é uma palavra bonita: “rosário”. Deslizo com as mãos... as mesmas de Augusta, quando tive a ver o que seria o ser da mulher.<br />
Nunca aprendi sobre tudo. Nem sei sobre os termos que se poderia. Ah!Uma palavra que não existe ainda. As mulheres, ou melhor, Augusta era rosário.De madrepérolas pela virgem, pela madre, pela raridade que me fiz em ser outro.<br />
Não! Nada de mães, doutor Sigmund. A minha não poderia estar. Era de mim a mais linda de se ler, se soubesse escrever.<br />
De fato Jesus é crucificado no que significa, naquilo que gruda de verdade. A cada coisa esquisita a verdade contida dispara subversiva, invasiva e amiga.É o espírito das coisas, doutor Freud. O espírito das coisas!<br />
Rosário e, ainda, Anunciação. E este era mesmo o nome, todas com A. Ela, erguia sua presença num manto sagrado, renunciando aos feitiços que as tais maquiagens podem fazer. Era a do mercado, dos lagostins. Vinha da praia, disfarçada de gente e, por deus! Eu era um Homem peixe. Sereia, doutor....elas existem.Trazia os peixes do mar, os pequenos em cestas. O tal manto encobria seus olhos verdes e o cabelo que alisava seus quadris até as coxas. Apenas uma vez falou.E se fosse de dizer , certamente, diria todas as coisas do mundo em apenas uma voz. Perguntou-me as horas e, disfarçado, escondendo minha cauda que emergia por sobre o casaco, respondi-lhe serenamente que era hora de estar comigo. Nada disse. Apenas arrastou-me ao seu habitat natural, suas esferas entre a areia e o sal, a brisa primeira que inventou o mar.<br />
Ora doutor...acho que não era analfabeta...acho que nada tem a ver com minha mãe!Tenho apenas 16 anos, doutor Sigmund!... Talvez com o pai. Sempre pensei que ele pudesse, vez ou outra, ser um peixe. Isto tranqüilizou-me quando voltei da praia com a leve sensação de nunca mais.Uma espécie de descrença ou esperança que, ao bem da balança é quase a mesma verdade.Depois do mar todo, da mulher e das palavras que nunca vou dizer, vim neste pensamento, se morro ou arrebento em cada próxima vez. Não calar ou dizer, escrever e me ler. Morrer e nadar. E nadar... e morrer.<br />
Ah!Sim doutor Sigmund... Mas por que motivo se despede assim? Mas todo o final da sessão deve ser desta forma?<br />
Um silêncio de voz carece cuidado. A delícia do olhar diz do outro lado:<br />
- Adeus, José. Nadar!<br />
-Até quando doutor? Até quando?<br />
-Para sempre, até a próxima primeira vez. A propósito... para meus arquivos: qual seu sobrenome?<br />
-Saramago, doutor Freud!...Saramago... Até mais!<br />
(Adriana BAndeira)</span></span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-9131049222808609722011-12-15T05:46:00.003-08:002011-12-15T05:46:03.841-08:00Perdoa-mePerdoa-me por morrer de prazer,de rir, de querer.Perdoa-me por morrer!Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-18750606237842038332011-11-11T09:01:00.001-08:002011-11-11T09:01:29.836-08:00Sem perdão<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Juntei as uvas colhidas estranhas, porque o vinho me silenciou palavras.Colhi a madrugada em verso de quando segurava estrelas, com as primeiras manhãs de lua que não perdoa a paixão.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-68886109900418369702011-11-11T09:00:00.001-08:002011-11-11T09:00:37.169-08:00P<div class="actorDescription actorName" data-ft="{"type":2}"><br />
</div><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Pergunte ao pó de onde veio a palavra.E ele sem dizer muito apenas faria suspiro!</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-56672118225553445872011-11-11T08:58:00.001-08:002011-11-11T08:58:26.752-08:00Minha casa<div class="actorDescription actorName" data-ft="{"type":2}"><a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000791527131" href="http://www.facebook.com/profile.php?id=100000791527131"></a></div><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Hoje reparto a estrada em verso e nada. Condição de toda morada.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-36423809203700869992011-10-13T13:18:00.001-07:002011-10-13T13:18:37.575-07:00Resposta para a barca <span class="commentBody" data-jsid="text">E se o risco fundou a palavra e vertendo água decifrou o rio....queria a inscrição da voz tardia que deu nome ao que se fez.<br />
</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-77740025351864178542011-09-26T07:34:00.000-07:002011-09-26T07:34:33.893-07:00estranhas palavrasSe aos poucos desaparecemos e nem mais sentimos mais do que dor.Se aos poucos as palavras surgem estranhas,mortificadas pela distância, de uma vez só. É pela falta que o desejo instalou em nós e existimos ainda, não tão sós.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-8010869322191473452011-09-15T13:52:00.001-07:002011-09-15T13:52:51.919-07:00Rápido demais<div class="actorDescription actorName" data-ft="{"type":2}"><span style="color: #3b5998;"></span> </div><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Diz a sorte do dia que cansei de respirar.E era ainda tarde quando morri de ar.Mas veio o desassossego, balão esfomeado, retalho do retalho e deu outro nome para a vida: recado.</span>Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-81016713801582434972011-08-31T06:31:00.000-07:002011-08-31T06:31:01.210-07:00desexistirBasta algumas horas para que se vá o barco com todo o sonho e mar.Alguns instantes para irmos dele para sempre, para mais.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-75011523901365397992011-08-13T06:56:00.000-07:002011-08-13T06:56:03.081-07:00rapidamenteVesti minha roupa, meu melhor batom.Fechei a porta sem barulho algum.Nem vivi.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-85413281137049259082011-07-25T15:48:00.001-07:002011-07-25T15:48:57.101-07:00Olhar de esperaO ponto mora no quadro que pede o olhar na tela.O ponto é toda...a segunda espera.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3599316829614612905.post-70270556965504090962011-07-24T05:48:00.000-07:002011-07-24T05:48:24.601-07:00Palavra não todaDizem os gestos<br />
que se fosse toda<br />
a palavra nem seria metade<br />
mas o único possível<br />
incesto.Adriana Bandeirahttp://www.blogger.com/profile/09351742117342462305noreply@blogger.com0