A cidade que herdei
tem rebanhos de pedra
semoventes de sombras
e um cavalo de troia.
Negrinhos, salamandras e pastoreios
perseguidos por um rio
atiçados de vertentes
na misteriosa profecia
de suas águas.
Ilhargas, hortos e casarios
quinchados de sois poentes.
Cartuns ,Cartago
musicas que jamais acabam
enfeitiçando o mágico festim
dos meus brinquedos.
Igrejas de torres afiadas
num ceu azulado de sonho
vigiado à distância
por uma minúscula
lua de marfim.
Batizei de Alegrete
os reinos silenciosos
da cidade que inventei...
Pg 4 do " Livro: Cidades Gaúchas
Organizador: Luiz Coronel.
CÓDIGO DE (IM)POSTURAS PARA UMA CIDADE IMAGINÁRIA - I
crepúsculos
sepulcros só
aos olhos dos suicidas
condôminos do ocaso
pássaros provisórios
dos terraços
lusco-fusca a cidade
nos velórios
do concreto
cansaço
Jorge Rein
Jorge!Elvio!
ResponderExcluirQue belas cidades!Indecentes e nuas...como se estivessem falando a verdade.E estão. beijo grande
Heranças, cidades e junto a um tempo cravado a arte poética... lírica concreta... Élvio, Jorge, dois pulsos a latir por nossas ruas, habitando quem chega... lembrei de Sarandi, minha cidade e mando o poema Adriana.
ResponderExcluirBeijos, boa semana.
Carmen.