I
E vai invadindo, invadindo... me indo feito luz que cega.É o sol que nasce para sempre.E há de fazer imagem onde o rastro desenha.A escuridão é das aparências.
Não lembro perfeito!É o que some e vem, dia inteiro.Verão apadrinhado em pleno inverno,destas distâncias entre frios e ares quentes.
Corria inquieta.Anunciada pela primeira descida.Bicicleta!Primeira e única fresta que me fazia curvada. Não poderia abrir o peito e abraçar o vento. Ele, nos últimos tempos, roçava pequenos botões nascidos impunes e sem medo. Meus primeiros seios.
Ar da descida, vergonha escondida, movimento em contração. Corpo rolando: rua, calçada,vão,chão!
E lá vinha ele a me socorrer como se eu fosse menina, a me juntar do vento.Inocente? Mãos de susto no ventre: machucou-se? Ferida de morte.O homem desconhecido seguiu sem pressa e me deixou suas mãos. Tatuadas!
É o tempo das estações...tudo e nada.
Tuas mãos tatuadas nos rompem poro a dentro, Adriana. Um beijo e amo tua prosa poética!
ResponderExcluirAdorei o texto e o blog, Adriana. Desde já, visitarei seu espaço sempre que possível. Saudações poéticas!
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