Dias de solidão!
E nas
vezes em que estas dores estranhas me acordam, quando sou pequena
ainda, como agora, tenho medo do que não lembrar. Permito-me recolher
somente os restos de antes , as palavras de antes , as flores que nunca
murcham e a água que leva os barcos sem mar. Como parte infinita faço
listas, poesias, para guardar como relíquias tudo...sem conseguir o tudo
que nunca há.Lembra das corredeiras? Elas não
param...quando estou assim! Ainda ontem...te ouvi e hoje há uma chuva
sem fim lá fora.Ah! perdoa se a chuva, o mar, e as fomes turvam meus
ouvidos neste embaraço de cores! Mas quando assim estou pequena e
quieta...não consigo escutar nada que não me faça lembrar de quando
aprendi a falar!
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