domingo, junho 02, 2013

Dias de solidão!

E nas vezes em que estas dores estranhas me acordam, quando sou pequena ainda, como agora, tenho medo do que não lembrar. Permito-me recolher somente os restos de antes , as palavras de antes , as flores que nunca murcham e a água que leva os barcos sem mar. Como parte infinita faço listas, poesias, para guardar como relíquias tudo...sem conseguir o tudo que nunca há.Lembra das corredeiras? Elas não param...quando estou assim! Ainda ontem...te ouvi e hoje há uma chuva sem fim lá fora.Ah! perdoa se a chuva, o mar, e as fomes turvam meus ouvidos neste embaraço de cores! Mas quando assim estou pequena e quieta...não consigo escutar nada que não me faça lembrar de quando aprendi a falar!

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