sexta-feira, setembro 13, 2013

Quando tem cheia de rio, aperto o nó na garganta.Perco o Leco que foi com a última vez da andança.Um barco passava e recolhi: as roupas, o frio, os guris...Mas o Leco só abanava o rabo e não entendeu a gente.Leco não dormiu mais aqui.Arrumei outro, preto, igual mas de latido estranho.E depois de agora, dois anos...a cheia volta a lembrar.Que Leco vou botar no lugar?Apesar disso gosto da cheia...dá esta dor de saber...que a estrada não tem fronteira.A rua, no ano que foi, há mais de muito depois...tinha o barco maior no meio do meu galinheiro...e eu me senti dona do lugar inteiro!Gosto de rio que se enche, que se engravida e volta, que ninguém entende e xinga e gosta...mata,morre, emagrece, engorda.O rio é mulher, vez ou outra.

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