Quando
tem cheia de rio, aperto o nó na garganta.Perco o Leco que foi com a
última vez da andança.Um barco passava e recolhi: as roupas, o frio, os
guris...Mas o Leco só abanava o rabo e não entendeu a gente.Leco não
dormiu mais aqui.Arrumei outro, preto, igual mas de latido estranho.E
depois de agora, dois anos...a cheia volta a lembrar.Que Leco vou botar
no lugar?Apesar disso gosto da cheia...dá
esta dor de saber...que a estrada não tem fronteira.A rua, no ano que
foi, há mais de muito depois...tinha o barco maior no meio do meu
galinheiro...e eu me senti dona do lugar inteiro!Gosto de rio que se
enche, que se engravida e volta, que ninguém entende e xinga e
gosta...mata,morre, emagrece, engorda.O rio é mulher, vez ou outra.
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