domingo, junho 02, 2013
Da série: Freud e eu
-Então combinei estas coisas comigo...Estes dias ...já faz tempo...conversava com um amigo poeta.Ele compartilhava o mesmo medo que eu.Ele dizia: Adriana...e se eu fico um velho solitário e cheio de manias! E se eu perco a crítica e nem tô mais nem aí? rsrsrs Mas...na época eu também comentei deste meu medo...
-Medo?
-É...de ficar com as manias ahahahah
-hum! Boas?
-como assim?
-Boas manias?
-Ah! Bem ...não sei.Este é o problema!
-Quais?
-hummm ...Dormir vendo tv, tomar café em silêncio,escrever, escrever, escrever...O que mais? Ficar de pijama, não supervisionar o serviço da empregada ahahah...
-Não! Quais os problemas?
-Ah! Bem...naquele dia pensei que tinha medo.Mas nem isso tenho mais!
-...
-Talvez uma saudade...estas de quando eu queria mais do que isso!
-Como assim?
-Quando eu queria mais do que a verdade...será que eu era mais feliz? Não sei.O que eu sei é que hoje não quero mais do que um dia de verdade, de gente de verdade e de palavras de verdade.E quando o dia termina, estou feliz!
-O que é mentira?
-Como assim?Acabei de dizer o contrário! Começa tu aí com isso! Tô falando sério! Não há mentiras!Chego em casa, feliz!
-Esta é uma.
-Como?
-Toda verdade surge daquilo que é seu não.Para que chegue no dia que desejas...ah! Quantas mentiras tens que inventar!
-Não.Acho que estás saindo do teu lugar de analista e fazendo algum juízo de mim.Oras Freud!Vem com esta para cima de mim?
-Analista? Lista de " as" ?
-Como?
-Lista de "as"...conceito lacaniano: a= objeto causa do desejo.Uma lista grande de causas, de coisas que fazem desejar viver, trabalhar e amar.Tuas causas!
-Acho que tu não és do tempo do Lacan...então não podes falar.Aliás:Tu já não morreu,hein?
-Repara que nem o que enxergas é da cor que realmente é.Repara que nem o que desejas, na continuidade das horas...é o que sentes.Repara também que...o que surge é o desejo.E o que surge ainda está por vir.A verdade...está...onde?
-Sem fim.
-humm...
-Mas gosto de arrumar minhas coisas, minhas músicas, meus pertences.
-Até o ...
- objeto a?
Ficamos hoje, certo?
-Então combinei estas coisas comigo...Estes dias ...já faz tempo...conversava com um amigo poeta.Ele compartilhava o mesmo medo que eu.Ele dizia: Adriana...e se eu fico um velho solitário e cheio de manias! E se eu perco a crítica e nem tô mais nem aí? rsrsrs Mas...na época eu também comentei deste meu medo...
-Medo?
-É...de ficar com as manias ahahahah
-hum! Boas?
-como assim?
-Boas manias?
-Ah! Bem ...não sei.Este é o problema!
-Quais?
-hummm ...Dormir vendo tv, tomar café em silêncio,escrever, escrever, escrever...O que mais? Ficar de pijama, não supervisionar o serviço da empregada ahahah...
-Não! Quais os problemas?
-Ah! Bem...naquele dia pensei que tinha medo.Mas nem isso tenho mais!
-...
-Talvez uma saudade...estas de quando eu queria mais do que isso!
-Como assim?
-Quando eu queria mais do que a verdade...será que eu era mais feliz? Não sei.O que eu sei é que hoje não quero mais do que um dia de verdade, de gente de verdade e de palavras de verdade.E quando o dia termina, estou feliz!
-O que é mentira?
-Como assim?Acabei de dizer o contrário! Começa tu aí com isso! Tô falando sério! Não há mentiras!Chego em casa, feliz!
-Esta é uma.
-Como?
-Toda verdade surge daquilo que é seu não.Para que chegue no dia que desejas...ah! Quantas mentiras tens que inventar!
-Não.Acho que estás saindo do teu lugar de analista e fazendo algum juízo de mim.Oras Freud!Vem com esta para cima de mim?
-Analista? Lista de " as" ?
-Como?
-Lista de "as"...conceito lacaniano: a= objeto causa do desejo.Uma lista grande de causas, de coisas que fazem desejar viver, trabalhar e amar.Tuas causas!
-Acho que tu não és do tempo do Lacan...então não podes falar.Aliás:Tu já não morreu,hein?
-Repara que nem o que enxergas é da cor que realmente é.Repara que nem o que desejas, na continuidade das horas...é o que sentes.Repara também que...o que surge é o desejo.E o que surge ainda está por vir.A verdade...está...onde?
-Sem fim.
-humm...
-Mas gosto de arrumar minhas coisas, minhas músicas, meus pertences.
-Até o ...
- objeto a?
Ficamos hoje, certo?
Dias de solidão!
E nas vezes em que estas dores estranhas me acordam, quando sou pequena ainda, como agora, tenho medo do que não lembrar. Permito-me recolher somente os restos de antes , as palavras de antes , as flores que nunca murcham e a água que leva os barcos sem mar. Como parte infinita faço listas, poesias, para guardar como relíquias tudo...sem conseguir o tudo que nunca há.Lembra das corredeiras? Elas não param...quando estou assim! Ainda ontem...te ouvi e hoje há uma chuva sem fim lá fora.Ah! perdoa se a chuva, o mar, e as fomes turvam meus ouvidos neste embaraço de cores! Mas quando assim estou pequena e quieta...não consigo escutar nada que não me faça lembrar de quando aprendi a falar!
E nas vezes em que estas dores estranhas me acordam, quando sou pequena ainda, como agora, tenho medo do que não lembrar. Permito-me recolher somente os restos de antes , as palavras de antes , as flores que nunca murcham e a água que leva os barcos sem mar. Como parte infinita faço listas, poesias, para guardar como relíquias tudo...sem conseguir o tudo que nunca há.Lembra das corredeiras? Elas não param...quando estou assim! Ainda ontem...te ouvi e hoje há uma chuva sem fim lá fora.Ah! perdoa se a chuva, o mar, e as fomes turvam meus ouvidos neste embaraço de cores! Mas quando assim estou pequena e quieta...não consigo escutar nada que não me faça lembrar de quando aprendi a falar!
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